28 de jan 2025
Vaticano alerta sobre 'sombra do mal' da IA e pede regulamentação rigorosa para evitar desinformação
O Vaticano lançou o documento "Antica et nova", pedindo regulamentação da IA. O Papa Francisco alerta sobre desinformação e concentração de poder na tecnologia. A IA deve complementar a inteligência humana, não substituí la, segundo o documento. O texto critica o uso de IA em guerras, enfatizando a responsabilidade humana. A Igreja destaca riscos da IA em relações humanas e busca de significado espiritual.
Fiéis deixam a Basílica de São Pedro ao final de uma missa presidida pelo Papa Francisco no Vaticano, domingo, 26 de janeiro de 2025. (Foto: AP Photo/Gregorio Borgia)
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O Vaticano divulgou um documento nesta terça-feira, 28, que estabelece diretrizes éticas para a aplicação da inteligência artificial (IA) em diversas áreas, como saúde e guerra. O texto enfatiza que a IA deve ser uma ferramenta que complemente a inteligência humana, e não a substitua. O Papa Francisco, que já expressou preocupações sobre os riscos da tecnologia, reforça a necessidade de responsabilidade humana proporcional ao avanço da IA, alertando que suas aplicações podem ter impactos imprevisíveis.
O documento também destaca os perigos da IA em contextos bélicos, afirmando que sistemas autônomos de armamento podem levar a uma corrida armamentista e retirar a capacidade humana de julgamento moral. "Nenhuma máquina deve decidir sobre a vida de um ser humano", diz o texto. Além disso, a IA não deve substituir relações humanas autênticas, pois carece de empatia, o que pode ser prejudicial em áreas como o desenvolvimento infantil.
Em relação à privacidade, o Vaticano alerta que o avanço da IA torna a proteção de dados ainda mais crucial, exigindo regulamentação rigorosa para evitar abusos de vigilância. O documento também menciona que, embora a IA possa auxiliar na luta contra as mudanças climáticas, seu funcionamento consome grandes quantidades de recursos, contribuindo para emissões de CO2.
Por fim, o Vaticano critica a disseminação de desinformação gerada por IA, que pode polarizar a sociedade. O Papa Francisco já havia abordado essas questões em mensagens anteriores, como no Fórum Econômico Mundial e na cúpula do G7, enfatizando a necessidade de uma "ética do algoritmo" que considere as implicações sociais e culturais da tecnologia.
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