Meta registra perda de quase R$ 25 bilhões no quarto trimestre com Reality Labs

A Meta continua enfrentando perdas significativas no desenvolvimento de tecnologias de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR), essenciais para o emergente metaverso. No relatório de lucros do quarto trimestre, a empresa revelou que sua unidade Reality Labs registrou um prejuízo operacional de R$ 4,97 bilhões, enquanto gerou R$ 1,1 bilhão em vendas. Analistas esperavam uma perda de R$ 5,4 bilhões para o mesmo período, com as vendas se mantendo em R$ 1,1 bilhão.

A Reality Labs é responsável pela produção dos headsets de VR da linha Quest e dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, iniciou os investimentos em VR em 2014, com a aquisição da startup Oculus por R$ 2 bilhões. Desde então, ele tem enfatizado a importância da VR e AR em seus planos para desenvolver o metaverso, que ele considera a próxima grande plataforma computacional.

Desde 2020, a Reality Labs acumulou um prejuízo operacional superior a R$ 60 bilhões. Em um movimento estratégico, a Meta anunciou que planeja investir entre R$ 60 bilhões e R$ 65 bilhões em despesas de capital até 2025, focando na expansão de sua infraestrutura de computação relacionada à inteligência artificial (IA). Zuckerberg destacou que a IA é fundamental para os esforços da empresa no metaverso, incluindo os óculos Ray-Ban Meta, desenvolvidos em parceria com a francesa EssilorLuxottica.

Recentemente, a Meta lançou seu novo headset de VR, o Quest 3S, com preço de R$ 299, promovendo-o como uma ferramenta para assistir filmes, jogar e se exercitar em VR. Outras empresas de tecnologia também estão investindo em VR e AR, como a Apple, que lançou seu headset Vision Pro nos EUA em fevereiro de 2024, com preço inicial de R$ 3.499. Além disso, Google e Samsung anunciaram um dispositivo de VR e AR chamado Project Moohan, previsto para ser lançado em 2025, sem preço divulgado.