05 de fev 2025
Boom Supersonic quebra barreira do som e avança para o retorno dos voos comerciais supersônicos
A Boom Supersonic quebrou a barreira do som com o XB 1, alcançando Mach 1.122. O Overture, jato supersônico, deve iniciar operações comerciais até 2029. Especialistas alertam sobre o impacto ambiental das emissões de jatos supersônicos. A empresa propõe usar combustíveis sustentáveis, mas a oferta é limitada. O futuro do voo supersônico depende de resolver questões de eficiência e poluição.
Foto: Reprodução
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Na última semana, a empresa americana Boom Supersonic realizou um voo de teste com seu avião demonstrador XB-1, alcançando a velocidade de Mach 1.122, o que representa um marco significativo, pois é o primeiro avião civil pilotado a romper a barreira do som desde a aposentadoria do Concorde em 2003. O fundador e CEO da Boom, Blake Scholl, afirmou que “o voo supersônico do XB-1 demonstra que a tecnologia para o transporte de passageiros supersônico chegou”. A empresa planeja iniciar operações comerciais com um modelo maior, o Overture, que poderá transportar até 65 passageiros até 2029.
Entretanto, especialistas alertam que a volta do voo supersônico pode ter um alto custo ambiental. Os aviões supersônicos consomem significativamente mais combustível do que os atuais, resultando em maiores emissões de dióxido de carbono, um dos principais gases do efeito estufa. Além disso, esses aviões operam em altitudes superiores, o que pode agravar os efeitos atmosféricos e contribuir para o aquecimento global. A Boom Supersonic aponta para o uso de combustíveis alternativos, mas esses ainda são escassos e podem não ser suficientes para mitigar as emissões.
Historicamente, o Concorde, que operou de 1976 a 2003, enfrentou desafios semelhantes, como altos custos operacionais e a proibição de voos supersônicos sobre terra nos Estados Unidos devido ao barulho causado pelos chamados "booms sônicos". A Boom planeja evitar voos supersônicos sobre terra, operando a Mach 0.94, o que ainda promete uma redução de 20% no tempo de viagem em comparação com aviões subsonicos.
A empresa também se comprometeu a utilizar até 100% de combustível de aviação sustentável (SAF) para reduzir sua pegada de carbono. No entanto, a produção de SAF ainda é limitada, representando apenas 0,5% do combustível de aviação utilizado no último ano. Além disso, o uso de SAF em aviões supersônicos pode trazer consequências inesperadas, como um aumento potencial no aquecimento global devido à baixa quantidade de enxofre nesses combustíveis, que normalmente ajuda a refletir a luz solar.
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