Relatório revela desigualdade de gênero nas instituições de arte dos EUA e desafios enfrentados por artistas mulheres

Um novo relatório destaca as desigualdades de gênero nas instituições de arte dos Estados Unidos, revelando que 55% das artistas mulheres buscam maior autonomia em suas carreiras. A pesquisa, realizada pela fundação Anonymous Was A Woman, entrevistou cerca de 1.200 artistas mulheres e identificou desafios como a precariedade financeira e a censura, que afetam especialmente as artistas mais jovens e de minorias.

O estudo, intitulado “Artists Speak: The Anonymous Was A Woman Survey”, mostra que 59% dos artistas com mais de 65 anos venderam suas obras diretamente nos últimos cinco anos, em comparação com 53% dos artistas com menos de 40 anos. A renda média dos participantes foi de R$ 75 mil, inferior à média nacional de R$ 80,6 mil, evidenciando a dificuldade de muitos artistas em se sustentarem apenas com a venda de suas obras.

Além das questões financeiras, o relatório aponta que 50% das entrevistadas sentem-se limitadas em sua liberdade de expressão devido a possíveis repercussões em suas carreiras. A censura é uma preocupação crescente, especialmente entre artistas mais jovens e de cor, com 63% dos artistas abaixo de 40 anos expressando ansiedade sobre a expressão de opiniões controversas.

Os dados também revelam que 23% das artistas entrevistadas residem em Nova York, um dos principais centros de arte do mundo. O relatório reforça a necessidade de ações para combater a sub-representação das mulheres no setor artístico e os efeitos financeiros a longo prazo dessa desigualdade.