Míriam Leitão é eleita para a Academia Brasileira de Letras e sucede Cacá Diegues

A jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita, nesta quarta-feira (30), para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela sucede o cineasta Cacá Diegues, falecido em fevereiro. Míriam, de 72 anos, obteve 20 votos, superando Cristovam Buarque, que recebeu 14 votos.

Com essa eleição, Míriam se torna a 12ª mulher a integrar a ABL desde sua fundação em 1897. A primeira mulher a ocupar uma cadeira foi a escritora Rachel de Queiroz, em 1977. Míriam é reconhecida por sua carreira de mais de 50 anos no jornalismo, atuando em veículos como o jornal O Globo e a TV Globo.

A nova imortal da ABL é autora de 16 livros que abrangem diversos gêneros literários, incluindo obras infantis e não ficção. Entre seus títulos, destaca-se "A democracia na armadilha: crônicas do desgoverno" (2022), que analisa o cenário político brasileiro. Seu romance "Tempos extremos" (2014) dialoga com períodos traumáticos da história do Brasil.

Contribuições Literárias

Míriam também é conhecida por suas obras voltadas ao público infanto-juvenil, como "A perigosa vida dos passarinhos pequenos" (2013) e "O mistério do pau oco" (2018). Seu próximo livro, "Lulli, a gata aventureira", será lançado em 2025 e aborda a história de uma menina com a síndrome Cri-du-Chat.

Além de Míriam e Cristovam, outros 16 candidatos participaram da eleição. A ABL já se prepara para novas votações, com as cadeiras deixadas por Heloísa Teixeira e Marcos Vilaça em disputa nos dias 22 e 29 de maio, respectivamente.