23 de mai 2025
Astrônomos identificam novo planeta-anão a mais de 13 bilhões de quilômetros da Terra
Novo objeto transnetuniano, 2017 OF201, desafia teorias sobre o Planeta 9 e revela que o espaço além de Netuno pode não estar vazio.
Imagem composta pelos cinco planetas-anões reconhecidos pela União Astronômica Internacional, além do objeto transnetuniano recém-descoberto 2017 OF201. (Foto: Cheng et al.)
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Uma equipe do Instituto de Estudos Avançados, nos Estados Unidos, anunciou a descoberta de um novo objeto transnetuniano (TNO) chamado 2017 OF201, que pode ser classificado como um planeta-anão. O corpo celeste, localizado no limite do Sistema Solar, possui um diâmetro estimado de 700 km e uma órbita extrema que leva cerca de 25 mil anos para completar. A descoberta foi publicada na plataforma arXiv em 21 de maio de 2025.
O TNO foi identificado por meio de técnicas computacionais avançadas, que analisaram imagens de telescópios no Havaí e no Chile, capturadas entre 2011 e 2018. 2017 OF201 é um dos objetos mais distantes já encontrados, situado a mais de 13 bilhões de quilômetros da Terra, mais que o dobro da distância de Plutão. Sua órbita é peculiar, com um afélio (ponto mais distante do Sol) mais de 1.600 vezes maior que a órbita da Terra.
Implicações da Descoberta
A trajetória de 2017 OF201 sugere uma história complexa de interações gravitacionais. Acredita-se que o objeto pode ter sido ejetado para uma órbita ampla após um encontro próximo com um planeta gigante. Sihao Cheng, pesquisador líder do projeto, afirmou que a presença desse TNO pode indicar que existem centenas de outros objetos semelhantes ainda não detectados.
Além disso, a descoberta desafia a teoria do Planeta 9, que sugere a existência de um planeta desconhecido influenciando a órbita de outros TNOs. 2017 OF201 não segue o padrão de agrupamento observado em outros objetos, o que pode indicar que o suposto Planeta 9 não exerce a influência esperada.
Os cientistas agora esperam que novos telescópios mais potentes ajudem a localizar outros planetas anões e esclarecer a real natureza do Sistema Solar externo. A descoberta de 2017 OF201 representa um avanço significativo na compreensão da região além do Cinturão de Kuiper, que antes era considerada vazia.
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