26 de jan 2025
Fábrica de placas revela segredos da sinalização que orienta Brasília
A Fábrica de Placas em Sobradinho produz 600 sinalizações mensais para Brasília. O processo inclui recuperação de placas danificadas e georreferenciamento. Cada placa é identificada por mês e ano, facilitando a manutenção. O design das placas, criado por Danilo Barbosa, é reconhecido internacionalmente. Cores e formatos das placas ajudam na orientação, seguindo padrões interamericanos.
Fábrica de Placas produz 7,2 mil sinalizações verticais ao ano, serviço que é executado por 60 funcionários (Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília)
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As placas rodoviárias e de endereçamento são essenciais para a orientação de moradores e turistas em Brasília, identificando as ruas e avenidas das 35 regiões administrativas do Distrito Federal. A Fábrica de Placas, localizada em Sobradinho e vinculada ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER), produz cerca de 600 sinalizações verticais por mês, o que equivale a 20 unidades diárias. Além da fabricação, a autarquia também restaura placas danificadas, embora nem todas possam ser recuperadas. O superintendente de Operações do DER, Fábio Cardoso, destaca que materiais de placas não restauráveis são reaproveitados na confecção de novas.
A produção das placas ocorre em dois galpões, um dedicado às sinalizações de endereçamento e outro às do eixo rodoviário. O processo começa com chapas de aço que recebem reforços estruturais, seguidos de uma pintura a óleo de alta qualidade. Designers gráficos elaboram e imprimem adesivos refletivos, garantindo conformidade com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Cada placa é identificada com o mês e o ano de confecção, permitindo ao DER monitorar sua qualidade. A autarquia também utiliza um sistema de georreferenciamento para acompanhar o estado de conservação e a data de instalação das sinalizações.
O sistema de cores das placas, criado pelo arquiteto Danilo Barbosa nos anos 1970, é um marco do design reconhecido internacionalmente. Em 2012, o projeto foi incorporado ao acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa). As placas possuem cores e formatos específicos para facilitar a orientação na cidade, com as verdes indicando direções e as azuis localizações nas superquadras. As placas marrons, criadas para a Copa do Mundo de 2014, sinalizam pontos turísticos.
Além das cores, o trabalho de Barbosa incluiu a escolha da fonte e o alinhamento das placas. O alfabeto utilizado é da família helvética, nas versões medium, light, itálica e bold, seguindo o Plano Diretor de Sinalização do DF. Essa atenção aos detalhes contribui para a funcionalidade e estética das sinalizações, que são fundamentais para a mobilidade urbana na capital brasileira.
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