26 de abr 2025
Papas enfrentam rigoroso processo para canonização na Igreja Católica
A canonização de papas, antes comum, agora enfrenta rigorosos critérios. A recente canonização de João Paulo II é questionada após alegações de abusos.
Homenagem ao Papa Francisco em uma escola em Surabaya, cidade da Indonésia (Foto: Juni Kriswanto / AFP)
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A canonização de papas, prática comum nos primeiros séculos da Igreja Católica, tornou-se mais rigorosa ao longo do tempo. Dos primeiros 50 papas, 48 foram declarados santos, mas atualmente, apenas 80 dos 266 papas ao longo da história receberam essa honra.
O processo de canonização exige uma investigação detalhada pelo Dicastério das Causas dos Santos, que analisa a vida e os escritos dos candidatos. Aqueles que são considerados dignos são declarados "veneráveis". Para a beatificação, é necessário que um milagre seja reconhecido, seguido por um segundo milagre para a canonização, que é decidida pelo papa.
Recentemente, a canonização de João Paulo II, realizada em 2014, foi questionada após um relatório de 2020 que indicou que ele pode ter ignorado abusos sexuais. Isso levantou dúvidas sobre a rapidez do processo de santidade. A canonização de João Paulo II ocorreu apenas nove anos após sua morte, um prazo reduzido em comparação com a média histórica de 262 anos entre a morte e a santidade.
O tempo para iniciar uma causa de santidade foi encurtado por João Paulo II, que estabeleceu um período de espera de cinco anos, podendo ser dispensado. A pressão popular durante seu funeral em 2005, com gritos de "Santo, subito", contribuiu para essa aceleração. A discussão sobre a rapidez do processo de canonização reflete uma mudança significativa na abordagem da Igreja em relação a essa prática ao longo dos séculos.
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