20 de abr 2025
Três novas espécies de plantas da Mata Atlântica são descobertas em Linhares (ES)
Três novas espécies de plantas da Mata Atlântica foram descobertas em Linhares (ES), incluindo duas da família Marantaceae. As espécies Saranthe rufopilosa e Ctenanthe brevibractea foram descritas em janeiro após 20 anos de pesquisa. A terceira, Solanum phrixothrix, foi identificada em março, com coletas realizadas a 200 anos de diferença. As descobertas foram publicadas em revistas científicas especializadas.
Espécie Ctenanthe brevibractea (Caeté vermelho), uma das plantas descobertas na Reserva Natural Vale (Foto: Sarah Johnson)
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Três novas espécies de plantas nativas da Mata Atlântica foram identificadas em 2024 em Linhares (Espírito Santo). As descobertas incluem duas plantas da família Marantaceae e uma do gênero Solanum, revelando a rica biodiversidade da região. A identificação das espécies ocorreu em janeiro e março deste ano.
As espécies Saranthe rufopilosa e Ctenanthe brevibractea foram encontradas na Reserva Natural Vale. Ambas pertencem à família Marantaceae, que possui cerca de 230 espécies no Brasil. A descoberta foi resultado de vinte anos de estudos, desde a identificação inicial até a publicação em artigo científico.
A descrição das novas espécies foi publicada na Revista Phytotaxa, especializada em flora, por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A família Marantaceae é conhecida por plantas como o gengibre, e a identificação rigorosa foi crucial para confirmar a novidade das espécies.
A terceira espécie, Solanum phrixothrix, foi identificada em áreas próximas à reserva. A planta é do mesmo gênero do jiló, tomate e berinjela, e sua descoberta é notável devido ao longo intervalo entre as coletas das amostras. A primeira coleta ocorreu há 200 anos, mas não gerou registro científico.
Pesquisadores do Museu de História Natural (Londres), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) descreveram a Solanum phrixothrix. A planta foi publicada na Revista PhytoKeys em março. Segundo Patrícia Daros, diretora de Soluções Baseadas na Natureza da Vale, “somente duas amostras dessa planta foram coletadas até hoje, com diferença de 200 anos entre a primeira e a segunda coleta”.
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