15 de mai 2025
Geração Z exige transparência salarial e redefine expectativas no mercado de trabalho
Geração Z redefine o mercado de trabalho, priorizando transparência salarial e reconhecimento, e não hesita em deixar empregos insatisfatórios.
Cerca de 44% dos formandos da geração Z dizem que desistiriam de uma vaga de emprego se a faixa salarial não for mencionada na entrevista. (Foto: Vergani Fotografia - stock.adobe.com) A geração Z passa em média nove meses em um emprego. (Foto: AntonioDiaz - stock.adobe.com)
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A geração Z está mudando as expectativas no mercado de trabalho, especialmente em relação à transparência salarial. Um estudo recente revelou que 44% dos formandos dessa geração desistiriam de candidaturas que não apresentam a faixa salarial. A pesquisa, realizada pelo site de empregos Monster, entrevistou mil jovens entre dezoito e vinte e quatro anos nos Estados Unidos.
A busca por clareza nas remunerações reflete uma tendência crescente entre os jovens, que agora discutem abertamente questões salariais, antes consideradas tabu. Vicki Salemi, especialista em carreira da Monster, destaca que a falta de informações salariais pode levar os formandos a ignorar anúncios de emprego. A mudança é impulsionada por legislações em estados como Califórnia e Nova York, que exigem essa transparência.
Além disso, a geração Z valoriza o reconhecimento e o crescimento profissional. Quase três em cada quatro formandos afirmam que não aceitariam emprego em empresas cujos valores políticos não se alinham aos seus. Outros 35% rejeitariam propostas de empresas sem diversidade na liderança, e 42% não aceitariam trabalho totalmente presencial.
Expectativas e Desafios
A insatisfação com a falta de reconhecimento tem levado muitos jovens a repensar suas carreiras. Gustavo, um jornalista de 25 anos, decidiu deixar seu emprego por sentir-se desvalorizado. Ele relatou que a falta de oportunidades e reconhecimento o fez perder o entusiasmo pela profissão. Casos como o dele são comuns entre os jovens profissionais.
Para atrair a geração Z, as empresas precisam ir além de uma boa remuneração. Ana Gabriela Santos, especialista em recrutamento, menciona a importância do "salário emocional", que inclui benefícios não financeiros, como flexibilidade e um ambiente de trabalho positivo. A comunicação clara e feedbacks constantes são essenciais para manter esses profissionais engajados.
O Futuro do Trabalho
A geração Z também busca flexibilidade e um ambiente de trabalho que reflita seus valores. André Purri, CEO da plataforma de benefícios Alymente, observa que a transparência e a inclusão são fundamentais para reter talentos. A cultura organizacional deve ser alinhada a um propósito claro, e as empresas que se adaptarem a essas expectativas terão mais sucesso em atrair e manter esses jovens profissionais.
Com mais de quatro milhões de jovens fora do mercado de trabalho, as altas expectativas da geração Z podem surpreender. No entanto, muitos preferem esperar por oportunidades que atendam a todos os seus critérios, em vez de aceitar qualquer oferta. Essa nova abordagem está redefinindo o que significa trabalhar e crescer profissionalmente.
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