10 de fev 2025
A magia da infância: narrativas e memórias entre jogos e futebol
O autor relembra momentos felizes com seus filhos durante brincadeiras. A leitura de "Otra vida por vivir" destaca a escrita como reviver experiências. A palavra transforma memórias em histórias vivas, conferindo sentido ao passado. A narrativa é comparada ao futebol, onde contar histórias dá vida aos jogos. Em tempos de imagens, a palavra é essencial para criar memória e história.
"Um grupo de meninos joga futebol no Rio de Janeiro. (Foto: Buda Mendes/Getty Images)"
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A reflexão sobre a infância e o ato de narrar é central na experiência de um pai que observa seus filhos brincando. Ele recorda momentos de felicidade ao se deitar na alfombra do quarto deles, onde se envolvia nas histórias que eles criavam com brinquedos, como Legos e Playmobil. As vozes que eles davam aos personagens revelavam influências de seus pais, mostrando como a imaginação infantil é moldada por referências familiares. O pai também menciona os jogos de futebol improvisados no corredor, onde as narrativas se tornavam parte do jogo, com os filhos comentando suas jogadas como verdadeiros narradores esportivos.
Em uma conversa com um amigo brasileiro, ele traz à tona a figura de Uri Geller, um jogador do Flamengo conhecido por sua habilidade em driblar adversários, que também narrava suas jogadas em campo. Essa conexão entre o futebol e a narração é uma lembrança de como muitos jogadores, incluindo o próprio autor, costumavam imitar comentaristas sul-americanos durante as partidas. Essas memórias revelam a importância da palavra na construção de experiências, tanto no esporte quanto na vida cotidiana.
À medida que os filhos crescem, o tempo parece passar mais rápido, e o autor reflete sobre a quantidade de fotos que capturam momentos do dia a dia, funcionando como fotogramas da vida. Ele menciona como o Google frequentemente o lembra dessas memórias, levando-o a compartilhar histórias com os filhos sobre o que aconteceu em cada imagem. A passagem do tempo é marcada por versos de Virgílio, que ecoam a inevitabilidade da vida e da morte, reforçando a ideia de que as memórias são essenciais para a conexão familiar.
Por fim, o autor destaca a importância da palavra em um mundo dominado por imagens. Ele argumenta que, enquanto as fotos podem documentar o que foi, são as palavras que dão sentido e vida a essas memórias, transformando-as em histórias que perduram. A narração, tanto nas brincadeiras dos filhos quanto nas jogadas de futebol, é uma forma de afirmar que somente o que é contado realmente acontece, ressaltando o poder da linguagem na construção da memória e da identidade.
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