Meninos em risco: como a cultura digital e a violência afetam a adolescência masculina

A realidade dos adolescentes, especialmente dos meninos, é marcada por desafios significativos. Eles enfrentam um mundo complexo, repleto de crises como a crise climática, desemprego e violência. A presença massiva nas redes sociais, que se tornaram sua principal fonte de informação, contribui para a disseminação de conteúdos prejudiciais, como desinformação e discursos de ódio. Observa-se um aumento alarmante de comportamentos agressivos e de desrespeito, incluindo a naturalização da violência contra mulheres e a propagação de ideais extremistas.

Por outro lado, há também meninos que crescem em ambientes saudáveis, com pais presentes e relações de afeto. Esses jovens têm a oportunidade de desenvolver uma visão crítica e saudável do mundo, com acesso a conteúdos positivos nas redes sociais. Eles se envolvem em atividades culturais, esportivas e educacionais, promovendo um desenvolvimento equilibrado e saudável. Essa dualidade evidencia a importância do ambiente familiar e escolar na formação dos adolescentes.

Para ajudar os meninos a navegar por esse cenário desafiador, é fundamental atrasar a entrada nas redes sociais e estabelecer limites claros. Os pais devem promover o diálogo sobre temas como respeito, igualdade e consentimento, além de supervisionar o conteúdo consumido. Incentivar atividades fora do ambiente digital, como esportes e cultura, pode ajudar a cultivar a sensibilidade e a empatia, essenciais para o desenvolvimento humano.

Além do papel das famílias, é necessário que haja políticas públicas que regulamentem as redes sociais e promovam a educação midiática e sexual nas escolas. Projetos comunitários que incentivem a interação social e o desenvolvimento de competências emocionais são igualmente importantes. O envolvimento ativo dos pais e da sociedade é crucial para garantir que os meninos cresçam em um ambiente que favoreça o respeito e a empatia, contribuindo para uma geração mais consciente e responsável.