Preadolescência: entenda os desafios e mudanças na vida dos jovens e suas famílias

A preadolescência, fase que se inicia geralmente aos nove anos e vai até os doze, traz mudanças significativas na vida das crianças. Mudanças emocionais, físicas e comportamentais são comuns, e os pais frequentemente têm dificuldades em aceitar que seus filhos estão se distanciando da infância.

Durante essa fase, os jovens começam a desenvolver suas próprias ideias e preferências, preferindo a companhia de amigos em vez de atividades familiares. A psicóloga Maria Domínguez explica que essa transição pode ser complicada para toda a família, pois envolve a busca por identidade e maior autonomia.

Os preadolescentes apresentam mudanças de humor frequentes, interesse pela imagem e um desejo crescente de passar mais tempo sozinhos. Montse Díaz, docente de Psicologia, destaca que as meninas costumam apresentar mudanças físicas antes dos meninos, como o desenvolvimento dos seios e o início da menstruação. Já os meninos experimentam aumento da massa muscular e surgimento de pelos faciais.

Importância da Comunicação

É essencial que os pais criem um ambiente de comunicação aberta e sem julgamentos. Reconhecer e validar as emoções dos filhos ajuda na compreensão dessas mudanças. Além disso, estabelecer limites claros é fundamental para garantir segurança, mesmo que os jovens busquem independência.

Os especialistas alertam sobre a importância de evitar comparações com outras crianças e críticas à aparência, pois isso pode afetar a autoestima. Domínguez sugere que os pais se interessem pelas atividades e amigos dos filhos, promovendo atividades conjuntas para fortalecer os laços familiares.

Conversas Necessárias

A fase da preadolescência também é o momento ideal para abordar temas como sexualidade e responsabilidade. É crucial que os pais não imponham regras rígidas, pois isso pode levar ao distanciamento e à falta de comunicação. Respeitar a privacidade dos filhos é essencial para que se sintam à vontade para buscar ajuda quando necessário.

A resistência dos pais em aceitar essas mudanças é compreensível, pois pode ser um processo doloroso. Domínguez ressalta que é um comportamento normal e necessário para o desenvolvimento emocional e psicológico dos jovens.