21 de abr 2025
Pais devem iniciar conversas sobre puberdade antes dos dez anos, sugere pesquisa
Apenas 36% dos pais acreditam que conversas sobre puberdade devem começar antes dos 10 anos, mesmo com o início precoce das mudanças.
Produção de laticínios em uma planta da cooperativa agrícola francesa 'Les Maitres laitiers du Cotentin'. A planta fabrica produtos lácteos destinados ao mercado da China. (Foto: CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images)
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Pesquisa Revela que Pais Adiam Conversas Sobre Puberdade e Sexualidade com os Filhos
Uma pesquisa recente apontou que apenas 36% dos pais consideram ideal iniciar conversas sobre puberdade antes dos 10 anos, apesar da tendência de início precoce da puberdade. O estudo, divulgado pelo C.S. Mott Children’s Hospital National Poll on Children’s Health, revelou que muitos pais se sentem despreparados para abordar o tema.
Aproximadamente 41% dos pais relataram que só abordam o assunto quando questionados pelos filhos. Especialistas alertam que essa abordagem pode gerar confusão e ansiedade nas crianças, especialmente se elas não se sentirem preparadas para as mudanças.
Sarah Clark, codiretora da pesquisa e cientista do departamento de pediatria da Universidade de Michigan, explicou que, para crianças menores, o foco inicial não deve ser a sexualidade, mas sim as transformações físicas e emocionais. “É importante que as crianças saibam o que esperar”, afirmou.
A pesquisa, realizada em fevereiro de 2025 com 911 pais de crianças entre 7 e 12 anos, indicou que a falta de informação pode deixar os filhos vulneráveis a informações incorretas encontradas em fontes online ou entre os colegas. A margem de erro é de 2 a 5 pontos percentuais.
Pais Confiam em Mídia e Pares para Educação Sexual dos Filhos
A pesquisa também revelou que 31% dos pais relataram não ter recebido educação adequada sobre puberdade durante a infância, o que pode influenciar sua hesitação em abordar o tema com os filhos. A falta de um modelo de comunicação pode levar à repetição do padrão de evitar o assunto.
Especialistas recomendam que os pais iniciem as conversas de forma gradual e contínua, utilizando momentos cotidianos como filmes ou aulas de saúde como ponto de partida. A psiquiatra Neha Chaudhary, do Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School, sugere que os pais apresentem as informações de forma objetiva e criem um ambiente seguro para que os filhos façam perguntas.
“É fundamental que a criança saiba que não está sozinha nessa experiência”, destacou Chaudhary. Começar a conversa no ensino fundamental, com informações básicas e adequadas à idade, pode ajudar a criança a lidar com as mudanças de forma mais saudável.
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