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Luma de Oliveira enfrenta ataque etarista e debate sobre envelhecimento feminino ganha força

Ataques a Luma de Oliveira reacendem debate sobre etarismo, evidenciando a pressão social sobre mulheres maduras e suas consequências.

Luma de Oliveira (Foto: Reprodução/Instagram)

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Um comentário pejorativo nas redes sociais sobre a idade da atriz Luma de Oliveira reacendeu o debate sobre etarismo. Ao compartilhar um vídeo em uma lancha, um internauta a chamou de "véinha", afirmando que "quase ninguém mais quer". Luma respondeu com ironia, criticando a aparência do agressor.

Esse episódio destaca a violência cotidiana do preconceito etário, especialmente contra mulheres. Mesmo celebridades enfrentam julgamentos severos por envelhecer, um processo natural que a sociedade ainda não aceita plenamente. A especialista em gestão de pessoas, Rosa Bernhoeft, de 85 anos, afirma que o etarismo contra mulheres é enraizado em valores culturais que associam o valor feminino à juventude.

"Historicamente, construímos uma sociedade que objetifica o corpo feminino e o transforma em mercadoria, cuja validade expira com o passar dos anos," explica Rosa. Ela observa que o envelhecimento masculino é frequentemente visto de forma positiva, enquanto o feminino é tratado com desprezo. Para ela, é alarmante que um homem tenha se sentido no direito de desmerecer uma mulher de 60 anos, com sua trajetória e conquistas.

Consequências do Etarismo

O impacto de comentários como o de Luma é devastador. Rosa destaca que muitas mulheres evitam certos ambientes ou roupas por medo de serem julgadas. Além dos danos emocionais, o etarismo também traz consequências econômicas. Enquanto homens de 60 anos são valorizados pela experiência, mulheres da mesma idade enfrentam barreiras invisíveis no mercado de trabalho.

A médica geriatra e psiquiatra Roberta França ressalta que o Brasil ainda se vê como um país jovem, ignorando o envelhecimento acelerado da população. "Precisamos parar com a mania de atrelar o envelhecimento ao isolamento," afirma. Ela critica a expectativa irreal de que pessoas mais velhas mantenham a aparência da juventude.

Roberta também menciona como o etarismo limita o acesso de mulheres maduras a oportunidades e tratamentos. "As mulheres se sentem pressionadas a 'melhorar' para se encaixar no que a sociedade considera correto," diz. Para ela, fortalecer a autoestima é essencial para enfrentar esse estigma. Envelhecer deve ser celebrado, não visto como uma punição.

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