Janaína Affonso durante colocação, fio a fio, do cabelo de um bebê reborn. Cegonha criou movimento para reconhecer profissão dessas artesãs. (Foto: Leo Martins / Agência O Globo)

Janaína Affonso durante colocação, fio a fio, do cabelo de um bebê reborn. Cegonha criou movimento para reconhecer profissão dessas artesãs. (Foto: Leo Martins / Agência O Globo)

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Bonecas reborn geram polêmica e reflexões sobre maternidade e saúde mental - Bonecas reborn geram polêmica e reflexões sobre maternidade e saúde mental

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Recentemente, as bonecas reborn, réplicas hiper-realistas de bebês, geraram polêmica nas redes sociais. Mulheres adultas têm tratado essas bonecas como filhos, levando-as a atendimentos médicos e até disputando guarda judicial. Esses vídeos virais revelam uma busca por likes e engajamento, levantando debates sobre a saúde mental e o lúdico.

A prática tem gerado reações diversas, desde apoio até críticas severas. Especialistas, como a psicanalista Gisele Hedler, afirmam que o vínculo com as bonecas não indica patologia. Para ela, o lúdico pode ser benéfico, ajudando na redução do estresse e promovendo o bem-estar. No entanto, a psiquiatra Roberta França alerta que a distorção da realidade, onde a boneca é vista como um ser vivo, pode ser um sinal de problemas emocionais.

A Maternidade Simulada

A loja Alana Babys, em Campinas, oferece uma experiência de maternidade com bonecas reborn. A proprietária, Alana Generoso, criou um ambiente que simula a realidade de uma maternidade, com incubadoras e até simulação de parto. Os clientes podem vivenciar momentos como pesar e medir as bonecas, além de participar de consultas lúdicas.

Bruna Gracioto, dona do ateliê Shop Bebê Reborn em São Paulo, também promove experiências semelhantes. As bonecas são vendidas com enxoval e certidão de nascimento, e a loja oferece simulações de parto com bonecas de silicone. Essas iniciativas têm atraído clientes em busca de uma conexão afetiva e educativa.

Reflexões sobre o Fenômeno

O fenômeno das bonecas reborn levanta questões sobre a maternidade e a saúde mental. Enquanto algumas mulheres encontram conforto e terapia nas bonecas, outras podem estar lidando com perdas emocionais. A prática, embora excêntrica, pode ser uma forma de lidar com a solidão ou o luto.

A sociedade deve refletir sobre a forma como lida com a infância e a maternidade. Em vez de zombar, é necessário oferecer empatia e compreensão, reconhecendo a complexidade das emoções humanas.

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