Vida

Corte de laços familiares cresce entre jovens em busca de autonomia emocional

O distanciamento familiar entre pais e filhos cresce, impulsionado por individualismo e redes sociais, mas traz alívio e desafios emocionais.

Como romper relações com pais tóxicos — Foto: BBC/Getty Images

Como romper relações com pais tóxicos — Foto: BBC/Getty Images

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O distanciamento familiar entre pais e filhos tem se tornado um fenômeno crescente, com muitos adultos optando por se afastar de seus progenitores. Especialistas apontam que o aumento do individualismo e o uso das redes sociais podem ser fatores que contribuem para esses rompimentos. Embora muitos relatem alívio após o distanciamento, também enfrentam desafios emocionais e sociais.

Um exemplo é o caso de uma jovem que cortou relações com a mãe dias antes de seu aniversário de 21 anos. Ela descreve a experiência como libertadora, após anos de frieza e pressão por parte da mãe. O rompimento ocorreu durante uma ligação, e a jovem sentiu que a mãe nunca a protegeu de um pai controlador e abusivo. Após um período de silêncio, ela tentou retomar o contato, mas a resposta dos pais foi decepcionante, levando a novos distanciamentos.

Estudos indicam que 26% dos adultos nos Estados Unidos se afastaram dos pais ao longo de 24 anos, e na Alemanha, 20% se distanciaram do pai. A pesquisa de Lucy Blake, professora de Psicologia, revela que o afastamento familiar é um tabu, e muitos casos estão relacionados a abusos emocionais e dinâmicas familiares problemáticas.

Joshua Coleman, psicólogo, destaca que o fenômeno é amplificado pelas redes sociais, onde é fácil encontrar grupos que incentivam o corte de laços com pessoas consideradas "tóxicas". Além disso, o aumento da terapia pode levar a diagnósticos unilaterais, prejudicando a percepção sobre os pais.

Cortar relações pode ser necessário em casos de abuso, mas a decisão não deve ser tomada de forma leviana. O estudo de Karl Pillemer aponta que o afastamento muitas vezes resulta de um acúmulo de pequenas interações negativas, e não de eventos traumáticos isolados. Questões de identidade e diferenças políticas também são citadas como razões para o distanciamento.

A reconciliação é possível. Um estudo de 2022 revelou que 62% dos participantes que estavam afastados das mães se reconciliaram em um período de dez anos. A jovem mencionada atualmente mantém contato limitado com a mãe, refletindo sobre a complexidade das relações familiares. A empatia e a disposição para ouvir são fundamentais para lidar com essas situações.

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