03 de jun 2025
Aconselhar é mais fácil para os outros do que aplicar conselhos em si mesmo
A incerteza nas decisões pessoais gera angústia. Especialistas sugerem técnicas como prós e contras e mindfulness para enfrentá la.
Foto: Reprodução
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As dificuldades em aplicar conselhos pessoais são tema de discussão entre especialistas em psicologia e filosofia. Recentemente, eles analisaram como a incerteza e a responsabilidade nas decisões geram angústia e propuseram estratégias como a técnica de prós e contras e o mindfulness para lidar com essas emoções.
Carmen, uma jovem de vinte e cinco anos, relata que aconselhar os outros é mais fácil do que aplicar os mesmos conselhos em sua vida. Ela destaca que, ao enfrentar seus próprios dilemas, emoções como medo e ansiedade surgem, dificultando a tomada de decisões. A psicóloga Sheila Establiet explica que, quando estamos envolvidos em uma situação pessoal, nossas emoções podem distorcer a percepção, tornando a decisão mais complexa.
O filósofo Joan-Carles Mèlich acrescenta que a liberdade de escolha traz consigo a responsabilidade. Para ele, a incerteza sobre as consequências das decisões gera angústia, uma vez que o ser humano é obrigado a escolher e responder por suas escolhas. Essa pressão pode levar a um ciclo de ruminacão, onde a mente se prende a pensamentos negativos.
Estratégias para Tomar Decisões
Para enfrentar essa angústia, especialistas sugerem ações prudentes. Establiet recomenda a técnica de listar prós e contras para ajudar na análise das consequências de uma decisão. O mindfulness, praticado pela manhã, pode reduzir a ansiedade e melhorar a clareza mental.
Carmen observa que, após aconselhar alguém e perceber que o conselho não funcionou, sente frustração. Ela reconhece que não pode controlar as situações dos outros, assim como não consegue controlar as suas. Mèlich destaca a importância de dar testemunho de experiências pessoais, sem se colocar como modelo a ser seguido, já que cada situação é única.
Essas reflexões sobre a dificuldade de aplicar conselhos pessoais e as emoções envolvidas na tomada de decisões são essenciais para entender a complexidade da experiência humana.
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