Vida

Luiz Mott reivindica reconhecimento por descoberta de Xica Manicongo no Carnaval 2025

Luiz Mott, professor e antropólogo, descobriu Xica Manicongo, primeira travesti do Brasil. Ele denuncia plágio e omissão de seu nome em reportagens sobre Xica Manicongo. A Escola de Samba Tuiuti não reconheceu Mott como descobridor de Xica, gerando polêmica. Mott critica fake news e picuinhas de lideranças trans que deslegitimam sua contribuição. Sua pesquisa sobre cidadania LGBT+ é reconhecida, mas enfrenta injustiças e censura.

RETRATO de Xica Manicongo, em ilustração do boliviano Galindo: tela do século XVII (Foto: Reprodução)

RETRATO de Xica Manicongo, em ilustração do boliviano Galindo: tela do século XVII (Foto: Reprodução)

Ouvir a notícia

Luiz Mott reivindica reconhecimento por descoberta de Xica Manicongo no Carnaval 2025 - Luiz Mott reivindica reconhecimento por descoberta de Xica Manicongo no Carnaval 2025

0:000:00

Luiz Mott, professor e antropólogo da UFBA, destaca a importância de Xica Manicongo, uma figura histórica que ganhou notoriedade após sua descoberta em 1998. Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), identificou Francisco Manicongo como um dos primeiros travestis do Brasil, revelando sua história de vida e sua orientação sexual em documentos da Inquisição. Manicongo foi denunciado em 1591 por ser considerado um "somítigo paciente", e sua vestimenta o associava a uma "quadrilha de feiticeiros-quimbanda do Congo Angola".

Desde então, Mott publicou diversos artigos sobre a trajetória de Xica, que foi rebatizada por Majori Marchi em 2010, reconhecendo sua identidade de gênero. O antropólogo argumenta que, apesar de sua contribuição significativa para a visibilidade das travestis no Brasil, ele tem enfrentado cancelamento e plágio, com seu nome frequentemente omitido em reportagens sobre Xica. Mott menciona que foi declarado "persona non grata" pela extinta Associação de Travestis e Liberados, o que resultou em censura a suas pesquisas.

Mott ressalta que sua pesquisa tem sido fundamental para a cidadania das travestis e transexuais, incluindo a divulgação anual de dados sobre assassinatos de LGBT e a introdução do uso do artigo feminino para se referir a pessoas trans. Ele também fundou a Atras, Associação de Travestis e Transformistas de Salvador, e foi responsável por trazer à tona a história de Xica Manicongo, que será tema de um enredo da Escola de Samba Tuiuti em 2025. No entanto, Mott critica a omissão de seu nome na homenagem, considerando-a uma injustiça que precisa ser corrigida.

Por fim, Mott convoca a comunidade acadêmica a validar sua narrativa, citando as contribuições de duas pesquisadoras que também abordaram a história de Xica. Ele enfatiza que a cidadania e a ciência transcendem questões de gênero e vestimenta, reafirmando seu papel como um defensor da causa LGBT+ no Brasil.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela