Vida

Redes sociais transformam treinos em academias e geram conflitos de privacidade

Gravações em academias geram polêmica e multas na Espanha. A privacidade dos usuários é cada vez mais protegida por novas legislações.

Uma mulher faz exercício enquanto grava um vídeo em um ginásio. (Foto: urbazon/Getty Images)

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As redes sociais têm transformado a maneira como as pessoas se exercitam nas academias. Cada vez mais, usuários gravam e compartilham suas rotinas de treino, gerando um debate sobre a privacidade nesses espaços. Recentemente, um ginásio em Madrid foi multado em € 21 mil por não garantir o consentimento dos clientes durante gravações.

A Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD) concluiu que o estabelecimento violou a legislação de proteção de dados ao filmar um cliente sem seu consentimento. O caso destaca a crescente preocupação com a privacidade em academias, especialmente em um setor que movimenta cerca de € 2,1 bilhões anualmente na Espanha, com 5,4 milhões de clientes, muitos deles jovens ativos nas redes sociais.

A legislação sobre gravações em academias está se tornando mais rigorosa. Desde o ano passado, os estabelecimentos devem informar sobre suas políticas de gravação e obter consentimento explícito dos usuários. Algumas regiões, como Catalunha e Madrid, proíbem gravações em vestiários e áreas de exercício sem autorização.

O dilema da gravação

Profissionais do setor, como a treinadora Laura Moreno, reconhecem a utilidade de gravar treinos para compartilhar técnicas e rotinas. No entanto, ela admite que isso pode incomodar outros frequentadores. "Sempre há que se gravar com precauções para evitar que outras pessoas apareçam", afirma.

Por outro lado, usuários como Rodrigo expressam descontentamento com a cultura de gravação. "Antes, as pessoas iam para se exercitar, agora tudo é sobre aparência", critica. A discussão gira em torno do equilíbrio entre a liberdade de compartilhar conteúdo e o direito à privacidade.

Medidas de proteção

Alguns ginásios, como o Clandextino em Madrid, adotam políticas para proteger a privacidade dos usuários. "Pedimos permissão antes de gravar. Se alguém não quer aparecer, respeitamos", explica a proprietária Sara Domingues. No entanto, implementar essas regras pode ser desafiador.

Nos Estados Unidos, o fenômeno é semelhante, com várias redes restringindo o uso de celulares nas instalações. O advogado Pablo Maza prevê que essa tendência pode se intensificar, já que muitos frequentadores buscam um ambiente livre de distrações.

A situação evidencia a necessidade de um diálogo contínuo sobre a privacidade e o uso das redes sociais nas academias, buscando um espaço onde todos possam se sentir confortáveis.

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