15 de jan 2025
Reino Unido proíbe bloqueadores da puberdade para jovens com questões de gênero
O Reino Unido proibiu bloqueadores da puberdade, exceto em estudos clínicos. A decisão foi anunciada pelo secretário de Saúde, Wes Streeting, em dezembro. Revisão independente apontou evidências insuficientes de segurança e eficácia. Bloqueadores têm ligação com problemas de saúde mental em jovens trans. Outros países, como Noruega e Suécia, já mudaram suas políticas sobre o tema.
Bloqueadores de puberdade foram considerados inseguros e ineficazes. (Foto: Pixabay)
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O Reino Unido implementou uma proibição rigorosa ao uso de bloqueadores da puberdade para jovens, permitindo sua utilização apenas em estudos clínicos. A decisão foi anunciada em dezembro pelo secretário de Saúde e Assistência Social, Wes Streeting, que enfatizou a necessidade de agir com "cautela e cuidado" em relação a esse grupo vulnerável, seguindo recomendações de especialistas. A revisão da Comissão de Medicamentos Humanos apontou a falta de evidências sobre a segurança e eficácia a longo prazo desses medicamentos.
A Dra. Hilary Cass, principal pediatra do país e autora da revisão, destacou que os bloqueadores são medicamentos potentes com riscos significativos e benefícios não comprovados. Ela mencionou que muitos jovens estavam recebendo prescrições após simples questionários e chamadas via Zoom, o que levantou preocupações sobre a avaliação adequada antes da prescrição. Os bloqueadores, conhecidos como análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRHa), atuam suprimindo os hormônios sexuais ao interferir na glândula pituitária.
Em março, o Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra (NHS) já havia decidido não oferecer esses medicamentos de forma rotineira em clínicas de identidade de gênero. A proibição definitiva foi estabelecida por meio de legislação emergencial em maio, e a nova decisão de Streeting reforça essa medida, com uma revisão programada para 2027. Estudos recentes associaram o uso de bloqueadores a problemas de saúde mental em jovens, com um estudo da Universidade de Essex revelando que um terço dos jovens com disforia de gênero relatou um declínio na saúde mental após o uso desses medicamentos.
A proibição será aplicada em toda a Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Outros países, como Noruega, Finlândia e Suécia, já alteraram suas políticas sobre medicamentos que alteram o gênero para proteger crianças de possíveis danos. Especialistas, como Nathanael Blake, sugerem que uma tendência semelhante pode ocorrer nos Estados Unidos, dependendo de ações judiciais que responsabilizem práticas prejudiciais na transição de gênero.
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