Mais de um em cada seis crianças vive em zonas de guerra, alerta a ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2024 está sendo um dos piores anos para crianças em áreas de conflito, com um aumento significativo de vítimas na Ucrânia. Nos primeiros nove meses do ano, o número de crianças afetadas pela guerra na Ucrânia já supera o total de 2023. Além disso, mais de uma em cada seis crianças no mundo vive em zonas de conflito ou está desabrigada devido à violência.

Greg Yoder, líder da Keys for Kids, destacou a gravidade da situação, mencionando relatos de guerra que são "inacreditáveis e surpreendentes". Ele enfatizou a urgência de alcançar crianças e famílias, já que 70% das pessoas aceitam Jesus entre 4 e 14 anos. Yoder ressaltou que unir recursos físicos e espirituais pode transformar vidas, citando exemplos de vilas no Paquistão que se converteram à fé cristã.

No Sudão, a guerra civil entre a junta militar e forças rebeldes resultou na fuga de mais de 8 milhões de sudaneses para campos de refugiados. O conflito, que já dura um ano, causou milhares de mortes, incluindo vítimas de genocídio. O Sudão é considerado um dos países mais difíceis para ser cristão, segundo a Missão Portas Abertas. As igrejas locais veem a alfabetização como um passo crucial para a paz e a reconciliação.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, mais de 200 igrejas evangélicas foram destruídas. Um relatório da Mission Eurasia e do Instituto para a Liberdade Religiosa destaca a devastação e as restrições às liberdades religiosas. Pelo menos 630 locais de culto foram danificados, com a maioria da destruição causada por ataques russos. Cristãos russos que se opõem à guerra enfrentam represálias, com a Anistia Internacional estimando que 20.000 russos sofreram consequências por protestar contra o conflito.