15 de jul 2025
Tensões com Brics e ausência de Bessent marcam reunião do G20 na África do Sul
Ausência do secretário do Tesouro dos EUA e ameaças tarifárias de Trump colocam em xeque a eficácia do G20 em Durban.

Foto: Reprodução
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JOANESBURGO (Reuters) – A reunião dos chefes financeiros do G20 em Durban, na África do Sul, enfrenta desafios significativos devido à ausência do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e às ameaças tarifárias do presidente Donald Trump. A falta de representação dos EUA levanta questões sobre a eficácia do grupo, que reúne as principais economias do mundo.
A ausência de Bessent, que não participou da reunião anterior em fevereiro, é vista como um sinal preocupante. Josh Lipsky, do Atlantic Council, destacou que a falta da maior economia do mundo na mesa de negociações pode comprometer a viabilidade do G20 a longo prazo. Ele também mencionou que os EUA podem buscar um formato mais enxuto para o grupo quando assumirem a presidência rotativa no próximo ano.
As tensões aumentam com as tarifas impostas por Trump, que incluem uma taxa básica de 10% sobre todas as importações e tarifas punitivas específicas, como 50% sobre aço e alumínio. As novas tarifas, que afetarão 25 países, incluindo o Brasil, devem entrar em vigor em agosto. A possibilidade de mais tarifas direcionadas aos países do Brics complica ainda mais a situação, uma vez que vários membros do G20 pertencem a esse grupo.
Desafios e Incertezas
A incerteza política é um tema central nas discussões atuais. Fundi Tshazibana, vice-governador do Banco da Reserva da África do Sul, afirmou que a situação política global é preocupante. O G20, criado para coordenar políticas em resposta a crises financeiras, enfrenta um momento crítico, especialmente com a crescente desconfiança nas instituições lideradas pelo Ocidente.
Historicamente, o G20 surgiu da necessidade de colaboração entre as principais economias para enfrentar crises financeiras, mas a postura de Trump sugere um movimento em direção a uma economia global mais fechada. Brad Setser, do Council on Foreign Relations, observou que a atual administração dos EUA parece menos interessada em promover a estabilidade econômica global, o que pode impactar a eficácia do G20 em lidar com os desafios contemporâneos.
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