23 de jul 2025
Farmacêutica suspende exportação do remédio Elevidys para outros países
Roche suspende envio do Elevidys para países com FDA após mortes de pacientes, mas tratamento continua disponível no Brasil.

Paciente com distrofia muscular de Duchenne que recebeu terapia gênica com Elevidys na rede pública de saúde. (Foto: Matheus Brasil - 21.fev.25/Ministério da Saúde)
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A Roche anunciou a pausa no envio do Elevidys, medicamento para distrofia muscular de Duchenne, para países com FDA, após solicitação da Sarepta. A decisão foi tomada em decorrência da morte de três pacientes que receberam a terapia, sendo o último caso de insuficiência hepática aguda. No entanto, a medida não afeta o Brasil, onde a Roche continua a enviar o tratamento em consulta com a Anvisa.
A FDA pediu à Sarepta que interrompesse a comercialização do Elevidys, o que levou a Roche a reavaliar sua distribuição. A farmacêutica afirmou que aproximadamente 760 pacientes deambuladores foram tratados com o medicamento sem fatalidades relacionadas. O Elevidys, que custa cerca de R$ 14,6 milhões, é aprovado em outros países, como Japão e Emirados Árabes Unidos.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) emitiu um parecer inicial negativo sobre a incorporação do Elevidys na rede pública, citando incertezas sobre sua eficácia e riscos de eventos adversos graves. Apesar disso, o governo federal cumpre uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para administrar o medicamento a pacientes que atendam aos critérios.
A distrofia muscular de Duchenne é uma condição genética rara que afeta principalmente meninos, levando à fraqueza muscular progressiva. Até a introdução do Elevidys, o tratamento disponível no Brasil era limitado a corticoides. A Roche continua em contato com autoridades de saúde para determinar os próximos passos em relação ao medicamento.
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