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24 de jul 2025

Cientistas desenvolvem método inovador para eliminar mosquitos e combater a malária

Ivermectina reduz novas infecções de malária em 26% em crianças no Quênia, segundo estudo BOHEMIA, oferecendo nova esperança no combate à doença.

Um mosquito picando uma pessoa (Foto: Getty Images)

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Avanços no Combate à Malária com Ivermectina

Um estudo recente, conhecido como BOHEMIA, revelou que a ivermectina, administrada a crianças no Quênia, reduziu em 26% as novas infecções de malária. A pesquisa, coordenada pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), em parceria com o Centro de Pesquisa em Saúde de Manhiça e o KEMRI-Wellcome Trust Research Programme, foi financiada pela Unitaid.

O ensaio clínico envolveu 28.932 crianças de 5 a 15 anos em Kwale, uma região com alta carga de malária. Durante três meses, os participantes receberam 400 microgramas do fármaco por quilo de peso corporal, totalizando mais de 56.000 tratamentos no início da temporada de chuvas, quando a reprodução dos mosquitos aumenta. Carlos Chaccour, co-investigador principal do estudo, destacou que a administração da ivermectina no início da temporada pode interromper a curva de transmissão da doença.

Impacto e Benefícios Adicionais

Os resultados mostraram que as crianças tratadas com ivermectina apresentaram uma redução significativa na incidência de malária em comparação àquelas que receberam albendazol, o fármaco de controle. Além de seu uso tradicional para tratar oncocercose e filariasis linfática, a ivermectina também demonstrou eficácia na redução de sarna, piolhos e outros parasitas.

Regina Rabinovich, pesquisadora principal do BOHEMIA, afirmou que essa pesquisa pode transformar a prevenção da malária, especialmente em regiões onde as ferramentas atuais estão perdendo eficácia. Apesar dos avanços, Chaccour ressaltou que o estudo foi realizado apenas em crianças e sob condições controladas, o que levanta questões sobre a implementação em larga escala.

Desafios e Futuras Pesquisas

O estudo enfrentou desafios logísticos, como a interrupção das operações em Moçambique devido a desastres naturais. Chaccour enfatizou a necessidade de um segundo estudo para validar a eficácia da ivermectina como estratégia de saúde pública. Ele também mencionou a importância de pesquisas operacionais para entender como a administração do fármaco pode ser otimizada.

Com 263 milhões de novos casos e 597 mil mortes por malária em 2023, a busca por novas abordagens é urgente. A ivermectina, ao atacar os mosquitos que picam os humanos, pode ser uma ferramenta valiosa na luta contra a malária, oferecendo uma solução que vai além das medidas tradicionais.

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