06 de fev 2025
México reinicia exportação de gado para os Estados Unidos após pausa por praga
O México retoma exportações de gado para os EUA após acordo rigoroso. Exportações foram suspensas devido a casos de miasis em bovinos. Novo protocolo limita 500 becerros por dia e exige inspeções rigorosas. Estima se que 240 mil cabeças de gado estão paradas na fronteira. Setor ganadeiro perdeu cerca de R$ 1,5 bilhão durante bloqueio de três meses.
Foto:Reprodução
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O México retomará a exportação de gado para os Estados Unidos a partir desta semana, após a assinatura de um memorando de entendimento entre os países. As exportações haviam sido suspensas no final do ano passado devido à detecção de casos de miasis em gado bovino, causada pela mosca do gusano barrenador. O novo acordo estabelece medidas de controle mais rigorosas, reduzindo o número de bezerros exportados diariamente de cerca de 2.800 para aproximadamente 500.
Atualmente, cerca de 240.000 cabeças de gado estão paradas na fronteira mexicana. Apenas dois pontos de passagem foram autorizados: a estação de San Jerônimo, em Chihuahua, e as de Água Prieta e Nogales, em Sonora, que devem abrir na próxima sexta-feira. Outras estações, como a de Piedras Negras, em Coahuila, ainda aguardam autorização para reabrir.
O primeiro lote de bezerros que cruzou para os Estados Unidos foi tratado com um medicamento antiparasitário e inspecionado por autoridades sanitárias. O novo protocolo exige que todas as reses sejam desparasitadas com ivermectina uma semana antes da travessia e que sejam minuciosamente examinadas para evitar ferimentos. Rogelio Soto, presidente da União Ganadera Regional de Durango, afirmou que isso resultará em um processo mais lento e, consequentemente, em menores receitas.
A mosca Cochliomya hominivorax é responsável pela plaga do gusano barrenador, que afeta principalmente o gado. O bloqueio das exportações nos últimos três meses causou uma perda estimada de 312 milhões de dólares para os pecuaristas mexicanos. Além disso, as organizações ganadeiras pedem ao governo que feche temporariamente a fronteira com Guatemala e Belize, focos de contrabando e disseminação da praga. A situação é ainda mais complicada pela ameaça de tarifas sobre produtos mexicanos, que, segundo Soto, impactaria diretamente os produtores.
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