05 de jun 2025
Temu e Shein enfrentam queda de usuários nos EUA após tarifas de Trump
Queda acentuada no uso de Temu e Shein nos EUA reflete impacto das tarifas de Trump e mudanças nas estratégias de publicidade.
Foto:Reprodução
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O uso das plataformas de e-commerce de baixo custo Temu e Shein nos Estados Unidos caiu drasticamente, segundo dados recentes. A queda é atribuída às tarifas impostas pelo governo Trump sobre importações chinesas e ao fechamento da brecha de isenção de tarifas, que permitia a entrada de produtos de baixo custo sem taxas.
Em maio, o número de usuários ativos diários da Temu caiu 52% em comparação a março, enquanto a Shein registrou uma redução de 25%. Os dados foram fornecidos pela empresa de inteligência de mercado Sensor Tower. Além disso, o número de usuários ativos mensais também apresentou queda: 30% para a Temu e 12% para a Shein.
Mudanças nas Estratégias de Publicidade
As mudanças nas tarifas impactaram diretamente as estratégias de publicidade das duas plataformas. A Temu reduziu seu investimento em anúncios nos Estados Unidos em 95% em relação ao ano anterior, enquanto a Shein cortou 70%. Essa diminuição na publicidade foi notável desde abril, quando os gastos caíram 40% e 65%, respectivamente.
Ambas as empresas também alteraram seus modelos logísticos, abandonando o dropshipping e investindo na construção de armazéns nos Estados Unidos. Essas mudanças visam mitigar os custos adicionais e as dificuldades regulatórias impostas pelas novas tarifas.
Impacto das Tarifas
As tarifas sobre importações chinesas, que atualmente estão em 54%, têm pressionado as operações da Temu. A empresa já havia alertado que uma tarifa de 50% poderia comprometer sua competitividade no mercado. O impacto das tarifas foi destacado nos resultados financeiros do primeiro trimestre da PDD Holdings, empresa-mãe da Temu, que ficou abaixo das expectativas.
Apesar da queda nos Estados Unidos, a Temu viu um aumento no número de usuários fora do país, com 90% de seus usuários ativos mensais globais vindos de mercados fora dos EUA. Analistas do HSBC indicaram que o crescimento é mais forte em mercados menos afluentes, como Europa e América Latina.
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