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06 de ago 2025

Trump incentiva países a ignorarem limites de plástico em tratado da ONU

EUA pressionam países a rejeitar limites na produção de plástico, complicando negociações para um tratado global eficaz sobre poluição plástica

Obra do artista e ativista canadense Benjamin Von Wong, intitulada 'The Thinker's Burden' (o fardo do pensador), uma releitura do "Pensador" de Rodin; ela foi instalada em frente à ONU em Genebra, onde países negociam o tratado global contra a poluição plástica (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

Obra do artista e ativista canadense Benjamin Von Wong, intitulada 'The Thinker's Burden' (o fardo do pensador), uma releitura do "Pensador" de Rodin; ela foi instalada em frente à ONU em Genebra, onde países negociam o tratado global contra a poluição plástica (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

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Os Estados Unidos enviaram cartas a diversos países, solicitando que rejeitem limites na produção de plástico durante as negociações do tratado global na ONU. Essa ação, ocorrida no início das discussões em Genebra, contrasta com a posição de mais de cem nações que apoiam restrições à produção de plásticos e aditivos químicos.

As mensagens, datadas de 25 de julho, foram distribuídas no início de agosto, quando os delegados se reuniram para o que deveria ser a rodada final de negociações. O memorando dos EUA expressa a oposição a um tratado que aborde a produção inicial de plásticos, afirmando que não apoiarão metas que aumentem os custos dos produtos plásticos. A delegação, composta por funcionários do Departamento de Estado, destacou a falta de convergência em questões relacionadas à produção e aos aditivos plásticos.

Divisões nas Negociações

As divisões entre países produtores de petróleo e blocos como a União Europeia são evidentes. Enquanto os primeiros se opõem a limites na produção de plástico virgem, os segundos defendem um controle mais rigoroso sobre produtos plásticos e químicos perigosos. A posição dos EUA, alinhada com a indústria petroquímica, sugere um retrocesso nas negociações, especialmente em relação a um rascunho que previa uma abordagem abrangente sobre o ciclo de vida dos plásticos.

Um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que cada país deve agir conforme seu contexto nacional, permitindo que alguns optem por proibições enquanto outros se concentram em melhorar a coleta e reciclagem. A pressão dos EUA, conforme observado por John Hocevar, diretor da campanha de oceanos do Greenpeace EUA, é vista como uma tentativa de influenciar as decisões globais em favor de seus interesses.

Impacto Global

A produção de plástico deve triplicar até 2060, segundo a OCDE, sem intervenções significativas. Essa expansão ameaça a saúde dos oceanos e acelera as mudanças climáticas. A crescente resistência dos EUA a acordos globais levanta preocupações sobre a eficácia das negociações e a possibilidade de um tratado que realmente enfrente a crise da poluição plástica.

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