05 de fev 2025
Casa Branca defende plano de Trump para Gaza, gerando reações de espanto global
Donald Trump propõe "possuir" a Faixa de Gaza e expulsar 1,8 milhões de gazatíes. A proposta gerou reações polarizadas entre políticos e especialistas, incluindo apoio e condenações. A ONU e outros organismos internacionais criticaram a ideia, considerando a ilegal. O plano pode desestabilizar ainda mais o Oriente Próximo e gerar crises em países vizinhos. A proposta contrasta com a política anterior de solução de dois Estados, promovendo limpeza étnica.
Foto:Reprodução
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um plano surpreendente para a Faixa de Gaza, que inclui a intenção de "possuir" e reconstruir a região, além de deslocar cerca de 1,8 milhões de gazatíes para outros países árabes. A proposta, que foi recebida com incredulidade por muitos, é vista como uma forma de limpeza étnica. Apesar de a Casa Branca afirmar que não implica o envio de tropas, a ideia de expulsar a população local gerou forte condenação internacional, incluindo da ONU, que destacou a ilegalidade do deslocamento forçado.
Trump descreveu Gaza como um "site de demolição" e afirmou que a reconstrução exigiria anos, propondo que os habitantes fossem realocados permanentemente para Egito e Jordânia. A porta-voz presidencial, Karoline Leavitt, tentou suavizar a situação, afirmando que o deslocamento seria "temporal", mas ressaltou que as condições atuais tornam cruel a ideia de que os palestinos poderiam permanecer na região. O primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, apoiou a proposta, que promete transformar Gaza em um destino turístico.
A proposta de Trump gerou reações mistas, com alguns legisladores conservadores expressando apoio, enquanto outros, incluindo membros de seu próprio partido, mostraram ceticismo. O conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, defendeu a ideia como uma solução prática para a crise humanitária em Gaza, enquanto o secretário de Estado, Marco Rubio, enfatizou a necessidade de libertar a região do grupo Hamás. No entanto, críticos alertam que a abordagem pode exacerbar a instabilidade na região e não resolver o problema palestino.
Especialistas em relações internacionais e políticos de diversas partes do espectro político expressaram preocupações sobre as implicações do plano. Richard Haass, do Conselho de Relações Exteriores, advertiu que a proposta poderia desencadear crises em países vizinhos e comprometer o foco dos EUA em outras regiões, como o Indo-Pacífico. A proposta de Trump, que se distancia da política tradicional de uma solução de dois Estados, é vista como uma tentativa de perpetuar o conflito em vez de resolvê-lo.
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