Federal demissões em massa podem impactar famílias e economias locais, mas não a nacional

Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), está promovendo uma redução significativa na força de trabalho do governo federal dos Estados Unidos, que conta com 3,02 milhões de funcionários civis. Economistas, como Stephanie Roth, afirmam que essas demissões não devem provocar uma recessão, pois representam menos de 2% da força de trabalho civil total de 170,7 milhões. No entanto, as demissões em massa afetam diretamente a vida de muitos trabalhadores e suas famílias, gerando preocupações sobre a estabilidade econômica em comunidades dependentes do emprego público.

A incerteza sobre o número exato de demissões continua, com estimativas que podem chegar a 80 mil cortes entre trabalhadores em período de experiência. Além disso, Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM, prevê que o DOGE poderá eliminar entre 200 mil e 300 mil empregos, afetando também 450 mil contratados, muitos deles veteranos. Embora a situação não deva impactar drasticamente a economia, a incerteza gerada pode afetar negativamente o mercado de trabalho, conforme alerta Ron Hetrick, economista sênior da Lightcast.

Os economistas estão monitorando de perto os dados de pedidos de seguro-desemprego e relatórios de emprego futuros. Apesar das demissões, alguns trabalhadores podem ser reintegrados ou se tornar contratados do governo, o que pode mitigar o impacto no mercado de trabalho. No entanto, as demissões não ocorrem isoladamente, pois as empresas enfrentam incertezas econômicas e custos elevados devido a tarifas, enquanto esperam benefícios de cortes de impostos e desregulamentação.

As demissões terão um impacto significativo nas economias locais, especialmente em áreas onde o emprego federal é concentrado, como Maryland, Virgínia e Washington, D.C. Em Kansas City, onde cerca de 30 mil funcionários federais trabalham, a economia local pode ter dificuldades para absorver as demissões, que afetam empregos de alta remuneração. Além disso, a redução de contratos governamentais e cortes em universidades pode ter efeitos cascata, prejudicando a inovação e a pesquisa em comunidades que dependem desses empregos e funções.