Rapper Oruam permanece preso enquanto Justiça analisa seu caso e investigações avançam

O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam, foi preso na madrugada de 21 de outubro em sua residência no Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A abordagem policial ocorreu enquanto agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) buscavam um adolescente ligado ao tráfico de drogas. Oruam, filho do líder do Comando Vermelho, Marcinho VP, enfrenta acusações graves, incluindo tráfico, resistência e lesão corporal, com pena que pode chegar a 18 anos.

Durante a operação, Oruam e sua noiva, Fernanda Valença, estavam recebendo amigos quando a polícia chegou. O rapper publicou vídeos nas redes sociais, mostrando a presença policial e alegando abuso de autoridade. Ele afirmou que foi ameaçado com armas, o que o levou a atirar pedras contra os agentes. A DRE, por sua vez, alegou que a ação visava cumprir uma ordem de busca e apreensão e que Oruam incitou os ataques.

Após a confusão, Oruam se entregou à polícia na Cidade da Polícia e foi transferido para o presídio de Benfica. Ele foi classificado como de alto grau de periculosidade e, posteriormente, transferido para o Complexo de Gericinó, onde permanece em cela isolada. A Justiça decretou sua prisão preventiva, considerando a necessidade de garantir a ordem pública e a instrução criminal.

Detalhes da Acusação

O rapper é indiciado por sete crimes, incluindo associação ao tráfico de drogas e desacato. A investigação da DRE apura sua ligação com o tráfico e sua associação com membros do Comando Vermelho. Oruam já havia se envolvido em outras ocorrências policiais, o que pode influenciar sua pena.

Em vídeos postados após a prisão, Oruam expressou sua intenção de provar sua inocência e se distanciar da imagem criminosa associada à sua família. A audiência de custódia, que avaliará a legalidade de sua detenção, está marcada para 23 de outubro. A defesa do rapper ainda não se manifestou sobre os acontecimentos.