01 de ago 2025
Especialistas criticam acusação exagerada de crimes contra Oruam e defesa se manifesta
O rapper Oruam pode enfrentar até 71 anos de prisão por indiciamento em sete crimes, incluindo tentativa de homicídio e tráfico de drogas.

O rapper Oruam em foto do sistema prisional (Foto: Divulgação/Disque Denúncia)
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O rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, foi preso após um confronto com a polícia no Rio de Janeiro. O incidente ocorreu quando ele atirou pedras em policiais que tentavam cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente em sua residência. O artista, de 25 anos, enfrenta indiciamento por sete crimes, incluindo tentativa de homicídio, e pode ser condenado a até 71 anos de prisão.
A defesa de Oruam argumenta que as acusações são desproporcionais e que ele deve responder em liberdade. Segundo seus advogados, o rapper "não atentou contra a vida de ninguém", e essa questão será esclarecida no processo. A prisão do artista completou uma semana, e ele permanece em cela isolada, recebendo apenas visitas de advogados.
Detalhes do Caso
O rapper foi acusado de crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico e resistência qualificada. A tentativa de homicídio se baseia no fato de que Oruam e um amigo lançaram uma pedra de 4,8 kg de uma altura de 4,5 metros, o que, segundo a perícia, poderia resultar em morte. Advogados consultados afirmam que as acusações são excessivas e que a jurisprudência tem rejeitado o acúmulo de imputações quando os atos fazem parte de um único episódio.
Imagens de Oruam segurando uma arma e em videochamadas com líderes do Comando Vermelho foram anexadas ao processo. No entanto, especialistas em direito penal consideram que essas evidências não justificam as múltiplas acusações. O advogado Fernando Viggiano destacou que a simples menção a figuras do tráfico não configura uma ameaça juridicamente relevante.
Reações e Mobilização
A prisão de Oruam gerou protestos de amigos e fãs, que se reuniram em frente ao presídio pedindo sua liberdade. Entre os manifestantes estava o MC Poze, que também já enfrentou problemas com a justiça. Em resposta às críticas, a Polícia Civil do Rio publicou um vídeo defendendo suas ações e afirmando que o combate à criminalidade vai além da repressão às facções.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, classificou Oruam como "um grande bandido da pior espécie". A situação do rapper continua a ser monitorada, e a defesa espera que ele possa responder em liberdade, caso a Justiça desconsidere algumas das acusações mais graves.
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