24 de jul 2025
Brasileiros acreditam que apoio de Trump prejudicará candidato em 2026, aponta Ipespe
Pesquisa aponta que 53% dos brasileiros veem apoio de Trump como prejudicial a candidatos nas eleições de 2026, após tarifas sobre produtos.

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa durante uma cúpula sobre IA em Washington (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images via Bloomberg)
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A relação entre Brasil e Estados Unidos enfrenta um novo desafio. Uma pesquisa do Instituto Ipespe, divulgada nesta quinta-feira, revela que 53% dos brasileiros acreditam que o apoio de Donald Trump prejudicará candidatos nas eleições de 2026. O levantamento foi realizado após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida que Trump justificou como retaliação a ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF).
A pesquisa mostra que 50% da população aprova a resposta do governo Luiz Inácio Lula da Silva ao tarifaço, enquanto 46% desaprovam. Lula é a figura política mais bem avaliada, seguido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, com 42% de aprovação, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 38%. Em contraste, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, têm apenas 32% de aprovação.
Reações ao Tarifaço
O levantamento também revela que 88% dos entrevistados que se identificam como de esquerda consideram que um candidato vinculado a Trump sairá prejudicado. Entre os de centro, essa opinião é compartilhada por 69%, enquanto 66% dos que se declaram de direita acreditam que o apoio de Trump beneficiará um candidato. A desaprovação de Bolsonaro é significativa, com 60% da população reprovando suas ações.
Além disso, a pesquisa questionou a revogação do visto de entrada nos EUA de ministros do STF, medida que 57% dos brasileiros desaprovam. A taxação de big techs também gerou debate, com 55% dos entrevistados concordando com essa ação.
O Ipespe entrevistou 2.500 pessoas entre os dias 19 e 22 de julho, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95,45%. As entrevistas foram realizadas por telefone e internet, refletindo a percepção da população sobre a influência externa nas eleições nacionais.
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