Eduardo Bolsonaro alerta sobre sanções dos EUA a Alcolumbre e Motta

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) alertou que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), podem ser alvos de sanções do governo dos Estados Unidos. Durante entrevista ao programa Oeste com Elas, ele mencionou que essas possíveis sanções estão ligadas à tramitação da lei de anistia e ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Eduardo destacou que, embora Alcolumbre ainda não esteja em uma situação crítica, ele está sob vigilância das autoridades americanas. O deputado afirmou que a falta de apoio a pautas políticas relevantes pode resultar em consequências negativas para ambos os líderes. "Se o Brasil não conseguir pautar a anistia, a coisa ficará ruim," disse.

Lei Magnitsky em Foco

O parlamentar também comentou sobre a aplicação da Lei Magnitsky, que permite sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. Ele acredita que as medidas podem ser anunciadas em breve, com a possibilidade de que a aplicação da lei contra Moraes ocorra ainda hoje. "Esse será apenas mais um capítulo dessa novela," acrescentou Eduardo.

A relação entre Brasil e Estados Unidos tem se deteriorado, especialmente após os eventos de janeiro, quando o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), perdeu o visto americano por não ter pautado pedidos de impeachment. Eduardo Bolsonaro insinuou que a situação de Alcolumbre e Motta está diretamente relacionada ao apoio que eles possam dar a decisões políticas.

Reações e Implicações

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou as declarações de Eduardo, classificando-as como um "crime intolerável" contra a soberania do Brasil. Ela acusou a família Bolsonaro de tentar pressionar os líderes do Congresso para evitar o julgamento sobre a suposta trama golpista.

A expectativa é que as sanções, se aplicadas, possam incluir o bloqueio de bens e a revogação de vistos. A situação política no Brasil permanece tensa, com a oposição priorizando a aprovação da anistia, enquanto aliados de Motta consideram essa possibilidade improvável.