25 de jul 2025
Marco Aurélio sugere que Moraes busque ajuda psicológica para suas decisões
Marco Aurélio Mello critica Alexandre de Moraes e pede correção de rumos no STF, destacando a importância da atuação colegiada e da liberdade de expressão.

Marco Aurélio Mello, ex-presidente do STF (Foto: André Dusek|Estadão)
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O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, criticou duramente o atual ministro Alexandre de Moraes, afirmando que suas decisões têm causado um enorme desgaste à instituição. Mello descreveu o momento atual do STF como uma "extravagância", sugerindo que as ações de Moraes são incompreensíveis dentro do estado democrático de direito.
Em entrevista, Mello destacou que a atuação de Moraes, especialmente em relação a figuras políticas como Jair Bolsonaro, é problemática. Ele mencionou que a investigação contra Bolsonaro começou de forma errada e que o ex-presidente não deveria estar sendo julgado pelo STF. Para Mello, essa situação é inexplicável, uma vez que outros ex-presidentes, como Luiz Inácio Lula da Silva, foram julgados em instâncias inferiores.
Críticas à Atuação do STF
Mello também se referiu ao uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro como uma humilhação, questionando a necessidade de tal medida. Ele enfatizou que a proibição de diálogos e a censura prévia imposta por Moraes são inaceitáveis em um regime democrático. O ex-ministro pediu uma correção de rumos no STF, defendendo que a Corte deve atuar de forma colegiada e não individual, como tem ocorrido.
Além disso, Mello lamentou o que chamou de "espírito de corpo" entre os ministros, que, segundo ele, têm apoiado as decisões de Moraes sem a devida reflexão. Ele ressaltou que a história cobrará as consequências dessas ações e que o STF deve ser um exemplo de respeito à Constituição e à liberdade de expressão.
Apelo por Independência
O ex-presidente do STF fez um apelo para que a Corte retome sua função de atuar como um órgão coletivo, onde cada ministro possa se manifestar com independência. Mello acredita que a atual situação, marcada por críticas e hostilidade, é prejudicial para a imagem do Supremo e para a democracia no Brasil. Ele concluiu que é essencial que o STF busque um caminho que respeite a dignidade das pessoas e a legalidade, evitando decisões que possam ser vistas como arbitrárias ou censórias.
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