28 de jul 2025
China enfrenta desafios de combate que ameaçam seu poder militar contra os EUA
China investe até US$ 317 bilhões na modernização do Exército, mas corrupção e falta de experiência em combate podem comprometer a eficácia.

A Guerra no Século XXI: Falta de experiência em combate põe em xeque crescente poder militar da China na disputa com EUA (Foto: Editoria de Arte)
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Os gastos globais com defesa atingem novos patamares, com os Estados Unidos liderando as despesas militares, seguidos pela China, que investe fortemente na modernização de seu Exército de Libertação Popular (ELP). Em 2024, a China alocou entre US$ 240 bilhões e US$ 317 bilhões para a defesa, representando 1,7% do PIB e mais de 5% dos gastos governamentais.
A modernização do ELP visa transformá-lo em uma força de combate de classe mundial até 2049, mas enfrenta desafios significativos. A China busca concluir a primeira fase de modernização até 2027, focando na interoperabilidade e na incorporação de tecnologias como inteligência artificial. No entanto, a eficácia desses investimentos é questionada devido à corrupção e à falta de experiência em combate real.
Desafios da Modernização
Desde 2012, sob a liderança de Xi Jinping, o ELP passou por reformas significativas, reduzindo o efetivo de tropas em terra e aumentando o investimento em capacidades navais e cibernéticas. Apesar de ser a maior força militar ativa do mundo, com cerca de 2 milhões de soldados, o ELP ainda carece de experiência em combate, não lutando em uma guerra real desde 1979.
Os especialistas alertam que a estrutura política do Exército, voltada para a manutenção do Partido Comunista, pode limitar sua eficácia em combate. Além disso, a corrupção tem sido um problema persistente, com recursos desviados e oficiais envolvidos em práticas ilícitas. O governo tenta mitigar esses problemas com expurgos, mas isso pode atrasar os cronogramas de modernização.
Comparação com os EUA
Enquanto a China investe em modernização, os EUA enfrentam uma crise de prontidão e gargalos industriais. A capacidade de construção naval da China é estimada em mais de 200 vezes a dos EUA, mas a qualidade e sofisticação de seus equipamentos ainda são questionadas. Especialistas destacam que o poder militar não se resume apenas a números, mas envolve táticas, organização e treinamento.
A crescente disparidade entre os investimentos e a eficácia real das forças armadas levanta questões sobre o futuro da segurança global. A modernização do ELP, embora impressionante, ainda precisa superar desafios internos para se tornar uma força verdadeiramente competitiva em um cenário militar global.
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