28 de jul 2025
Franceses criticam acordo comercial de Trump com a União Europeia
Acordo comercial entre União Europeia e Estados Unidos reduz tarifas, mas gera descontentamento na Europa e incertezas sobre sua manutenção.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: Brendan Smialowski/AFP)
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Um novo acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos foi assinado, reduzindo as tarifas sobre as exportações europeias de 30% para 15%. Em contrapartida, produtos americanos terão tarifas zeradas. O entendimento foi firmado entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em um contexto de tensões comerciais que ameaçavam uma guerra comercial.
A nova estrutura tarifária foi recebida com descontentamento na Europa. Um levantamento do Le Figaro revelou que 85,74% dos leitores não estão satisfeitos com o acordo, que muitos consideram uma derrota política para a UE. O primeiro-ministro francês, François Bayrou, descreveu o dia como "sombrio" para o bloco, enquanto um parlamentar belga expressou seu desânimo nas redes sociais.
Consequências do Acordo
O acordo evita a implementação de tarifas retaliatórias que a UE havia planejado sobre produtos americanos, que poderiam totalizar € 93 bilhões. Apesar de a União Europeia ter cedido em algumas áreas, não houve mudanças nas regulamentações sobre negócios digitais, uma demanda do governo Trump. Além disso, produtos agrícolas sensíveis, como carne bovina e frango, não foram incluídos no acordo.
Maros Sefcovic, comissário de Comércio da UE, afirmou que o acordo pode salvar empregos e garantir fluxos comerciais, abrindo um novo capítulo nas relações entre a Europa e os EUA. No entanto, a incerteza sobre a manutenção do acordo persiste, e as autoridades europeias continuam a monitorar a situação de perto.
As negociações se intensificaram após a imposição de tarifas elevadas por Trump, que ameaçava taxas de até 50% sobre produtos europeus. A dificuldade em alinhar os interesses dos 27 Estados-membros da UE complicou as discussões, levando a um acordo que, embora não ideal, traz um certo grau de previsibilidade para o comércio entre as duas potências.
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