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31 de jul 2025

Governo canário e Justiça sabiam de maus-tratos a menores migrantes desde 2021

Investigação judicial expõe abusos em centros de acolhimento de menores migrantes nas Ilhas Canárias e resulta em detenções de funcionários.

Um grupo de jovens imigrantes em uma sala do centro de menores de Quorum Social 77 em Santa Brígida (Gran Canaria), em dezembro de 2023 (Foto: quiquecurbelo)

Um grupo de jovens imigrantes em uma sala do centro de menores de Quorum Social 77 em Santa Brígida (Gran Canaria), em dezembro de 2023 (Foto: quiquecurbelo)

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Denúncias de maus-tratos a menores migrantes nas Ilhas Canárias ganham atenção judicial

Uma investigação judicial revelou abusos em centros de acolhimento de menores migrantes nas Ilhas Canárias, especialmente na entidade Quorum Social 77, que atende quase 2.000 jovens. As denúncias, que começaram a ser registradas há quatro anos, culminaram em detenções de funcionários e no fechamento de centros, evidenciando falhas graves na supervisão do sistema.

Desde 2021, autoridades e ONGs já tinham conhecimento de situações que exigiam intervenção. Apesar dos alertas, as ações foram insuficientes. A responsável de pesquisa da Amnistia Internacional, Virginia Álvarez, afirmou que a inspeção falhou estrepitosamente. A investigação atual aponta para crimes como lesões e ameaças, além de relatos de agressões físicas e castigos em quartos de isolamento.

Após a análise de vários centros, o juiz determinou o fechamento de dois deles. Onze trabalhadores foram detidos, incluindo a presidente da entidade. Quorum Social 77, que recebe mais de 150 milhões de euros em recursos públicos desde 2023, é responsável por um terço dos quase 5.500 menores migrantes acolhidos nas ilhas.

O Defensor do Povo já havia alertado sobre a situação em um centro conhecido como Bandama, que continuou em funcionamento apesar de um relatório que indicava “condutas presumivelmente delitivas”. A falta de inspeções surpresa e a comunicação prévia das visitas contribuíram para a continuidade dos abusos.

A situação se agravou em 2021, quando a chegada de migrantes superou a capacidade do sistema de proteção, levando a um colapso. Trabalhadores sociais relataram o uso de força por cuidadores não qualificados, e muitos menores fugiram e denunciaram os abusos, mas a cultura de medo dificultou as denúncias.

Recentemente, novas alegações de agressões em um centro gerido pela fundação Siglo XXI foram apresentadas, destacando a necessidade urgente de uma supervisão mais rigorosa. O governo canário afirmou que a investigação atual é resultado das denúncias e promete aumentar os controles, mas a falta de respostas da fiscalização continua a ser uma preocupação.

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