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01 de ago 2025

Ilan Pappé critica antissemitismo europeu e seu impacto sobre os palestinos

Ilan Pappé defende debate sobre a Palestina em evento literário, criticando a resposta europeia à violência e a mídia que desumaniza os palestinos

Ilan Pappé, o historiador israelense — Foto: Alexandre Cassiano/ Agência O GLOBO

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Ilan Pappé, historiador israelense, participou da 23ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) nesta sexta-feira (1), em meio a um esquema de segurança reforçado. Sua presença gerou controvérsia, com pressões para que não falasse. Pappé destacou a importância do debate sobre a Palestina e agradeceu ao festival pela oportunidade de discutir o tema livremente.

A curadora do evento, Ana Lima Cecílio, considerou a mesa “Breve história do longo conflito” uma das decisões mais importantes de sua curadoria. O encontro começou com atraso devido ao esquema de segurança, que incluía detector de metal na entrada. Durante a mesa, bandeiras de apoio à Palestina e gritos de "não em meu nome" marcaram o ambiente. Cecílio ressaltou que é impossível manter a alegria diante da destruição de territórios por políticas de estado.

Pappé, que já publicou 26 livros, incluindo obras como "Dez mitos sobre Israel", compartilhou sua trajetória, marcada pelo rompimento com o sionismo. Ele revelou que a organização da Flip sofreu pressões para cancelar sua participação, mas os organizadores mantiveram o diálogo. O historiador descreveu a Faixa de Gaza como uma “prisão a céu aberto” e criticou a resposta europeia à violência recente, afirmando que a maioria da população de Gaza, com menos de 21 anos, só conhece a realidade do cerco e bombardeio.

Críticas e Contexto

Pappé argumentou que a mídia não deve retratar os palestinos apenas como terroristas, mas como anticolonialistas lutando contra uma ideologia que busca sua destruição. Ele afirmou que continuará a expor a verdadeira história da Palestina e de Israel, enfatizando que o conhecimento histórico é essencial para romper ciclos de violência. O historiador também mencionou que os governos ocidentais tinham conhecimento das ações de Israel contra os palestinos, mas optaram por permanecer inertes.

Ele não se surpreendeu com a violência dos ataques do Hamas em outubro de 2023, mas ficou chocado com a reação europeia, que continuou a dar apoio a Israel mesmo diante da carnificina. Pappé destacou que essa é a limpeza étnica mais televisionada da história, e que o sofrimento dos palestinos não pode ser justificado pelas conquistas de Israel.

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