12 de mar 2025
Boston Metal avança na produção de aço verde com reator de grande escala
A Boston Metal produziu mais de uma tonelada de aço em seu maior reator. A tecnologia utiliza eletricidade, eliminando emissões de gases poluentes. A empresa planeja um sistema industrial que funcionará em 2027. O processo, chamado eletrólise de óxido fundido, foi desenvolvido no MIT. A Boston Metal visa licenciar sua tecnologia para a indústria do aço.
Foto:Reprodução
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A startup Boston Metal, focada em aço verde, anunciou avanços significativos em sua tecnologia de produção de aço sem emissões de gases de efeito estufa. A empresa conseguiu operar seu maior reator até agora, produzindo mais de uma tonelada de metal, conforme reportado exclusivamente pela MIT Technology Review. Este marco aproxima a empresa da comercialização de sua tecnologia, que utiliza eletricidade para a produção de aço, podendo reduzir drasticamente a poluição associada a um dos materiais mais contaminantes do mundo.
Atualmente, a produção global de aço é de cerca de 2 bilhões de toneladas anuais, resultando em mais de 3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono emitidas. O processo inovador da Boston Metal, conhecido como eletrólise de óxido fundido (MOE), substitui o uso de coque, um combustível à base de carvão, por eletricidade, permitindo que a reação produza oxigênio em vez de dióxido de carbono. Se a eletricidade utilizada for de fontes renováveis, como solar ou eólica, o impacto climático da produção de aço pode ser praticamente eliminado.
Desde sua fundação em 2013, a Boston Metal tem trabalhado para escalar sua tecnologia, passando de reatores de laboratório para unidades industriais. O último avanço envolve a adição de múltiplos ânodos em um único reator, o que é essencial para aumentar a produção. O próximo passo da empresa é construir um sistema ainda maior, que não caberá em suas instalações atuais, com a expectativa de que uma planta de demonstração comece a operar em 2027.
A Boston Metal visa licenciar sua tecnologia para outros produtores de aço, o que pode revolucionar a indústria. Adam Rauwerdink, vice-presidente sênior da empresa, destacou a importância de escalar a produção para atender à demanda global, afirmando que "os volumes de aço ao nosso redor são imensos". Com mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento, a empresa está se posicionando como um potencial jogador importante em um setor que enfrenta desafios significativos em relação à sustentabilidade.
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