CotidianoSaúde

11 de ago 2025

Calor elevado em 1° pode aumentar em 22% o risco de doenças em crianças

Estudo alerta que aumento de temperatura eleva mortalidade infantil e agrava riscos para gestantes, exigindo ações imediatas de adaptação climática

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Um estudo da London School of Hygiene & Tropical Medicine revela que um aumento de 1°C na temperatura média diária pode elevar em 22% o risco de mortalidade infantil. A pesquisa foi apresentada na Conferência Global sobre Clima e Saúde, em Brasília, e destaca a urgência de políticas de adaptação climática.

Cerca de 1 bilhão de crianças enfrenta risco elevado devido às mudanças climáticas, com metade vivendo em áreas vulneráveis a enchentes e 160 milhões em regiões propensas à seca. Desde 2009, a África tem registrado aumentos significativos na mortalidade infantil relacionada ao calor. Um estudo em 29 países de baixa e média renda aponta que uma em cada três mortes neonatais atribuídas ao calor são ligadas às mudanças climáticas.

A pesquisadora Júlia Pescarini, da LSHTM, alerta que crianças em situações vulneráveis, como aquelas que vivem em casas inadequadas para temperaturas extremas, estão mais suscetíveis a complicações. As mulheres grávidas também enfrentam riscos aumentados, pois a exposição ao calor durante a gestação pode elevar em 50% as chances de pré-eclâmpsia.

Impactos das Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas têm um impacto desproporcional sobre mulheres e crianças. As gestantes, por exemplo, podem ter dificuldade em acessar serviços de saúde durante complicações, especialmente em situações de calor extremo ou desastres naturais. Pescarini destaca que a gravidez já aumenta a temperatura corporal, tornando as mulheres mais vulneráveis a complicações como desidratação e problemas cardíacos.

Além disso, o calor extremo está associado a um aumento no risco de partos prematuros e de bebês com baixo peso ao nascer. A pesquisa também relaciona a poluição do ar a 35,7% dos partos prematuros globalmente, evidenciando a necessidade de políticas que abordem tanto as mudanças climáticas quanto a qualidade do ar.

Necessidade de Ação Imediata

O estudo sugere que mulheres grávidas e crianças devem ser priorizadas em planos de adaptação climática. Medidas como a criação de sistemas de alerta precoce para ondas de calor e a implementação de políticas locais para combater a poluição são essenciais. Pescarini enfatiza que é crucial agir agora para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 °C até 2050, a fim de reduzir o sofrimento humano causado pelos impactos climáticos.

A pesquisa propõe ainda a adaptação de hospitais e postos de saúde para resistir a eventos climáticos extremos, além de treinar profissionais para lidar com complicações relacionadas ao clima. A oferta de suplementos nutricionais para gestantes também é uma medida recomendada para salvar vidas.

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