CotidianoSaúde

11 de ago 2025

O aquecimento global prejudica a saúde mental e o funcionamento cerebral humano

Aumento das temperaturas agrava condições neurológicas e intensifica desigualdades em saúde, exigindo medidas urgentes de proteção

Há condições neurológicas que são agravadas pelo aumento da temperatura (Foto: FRED TANNEAU/AFP via Getty Images)

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O aquecimento global está intensificando problemas de saúde neurológica, com evidências alarmantes sobre o impacto das ondas de calor. Em 2023, cerca de 7% das mortes adicionais na Europa durante essas ondas foram atribuídas a condições neurológicas. O caso de Jake, um menino diagnosticado com a Síndrome de Dravet, ilustra essa realidade. Desde os cinco meses, ele sofre convulsões que se agravam com o calor, levando sua família a lutar constantemente para mantê-lo fresco durante os verões cada vez mais quentes.

O neurologista Sanjay Sisodiya, da University College London, destaca que condições como epilepsia, AVC e partos prematuros estão se tornando mais frequentes devido ao aumento das temperaturas. O calor extremo não apenas desencadeia convulsões, mas também afeta a capacidade de tomar decisões e pode aumentar comportamentos violentos e depressivos. A termorregulação, função cerebral essencial, é comprometida em pacientes com doenças neurológicas, aumentando a vulnerabilidade ao calor.

Além disso, estudos indicam que ondas de calor estão associadas a um aumento de 26% na ocorrência de partos prematuros. Esses partos podem resultar em atrasos no desenvolvimento neurológico. A situação é ainda mais crítica em países de baixa e média renda, onde as taxas de AVC são mais altas. O aumento das temperaturas intensifica desigualdades em saúde, afetando desproporcionalmente os mais pobres e os idosos.

A necessidade de estratégias de proteção é urgente. Sistemas de alerta e suporte financeiro em dias de calor extremo podem ajudar a mitigar os riscos. Com as mudanças climáticas em curso, o impacto sobre a saúde neurológica da população é uma preocupação crescente. A era do cérebro "superaquecido" apenas começou, e a comunidade científica continua a investigar os efeitos do calor sobre a saúde mental e física.

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