CotidianoSaúde

12 de ago 2025

Doze recém-nascidos morrem em hospital público no Equador e geram indignação

Tragédia no Hospital Universitário de Guayaquil revela falhas graves no sistema de saúde e provoca demissões e investigações urgentes

Hospital General Universitario de Guayaquil este lunes. (Foto: VICENTE GAIBOR)

Hospital General Universitario de Guayaquil este lunes. (Foto: VICENTE GAIBOR)

Ouvir a notícia

Doze recém-nascidos morrem em hospital público no Equador e geram indignação - Doze recém-nascidos morrem em hospital público no Equador e geram indignação

0:000:00

Desde julho, o Hospital Universitário de Guayaquil enfrenta uma crise após a morte de doze bebês, levando o Ministério da Saúde do Equador a emitir um alerta epidemiológico. As fatalidades foram atribuídas a causas multifatoriais, com destaque para infecções hospitalares, incluindo uma infecção por Klebsiella pneumoniae, uma bactéria resistente a antibióticos.

Joselyn, mãe de um dos recém-nascidos, compartilhou sua experiência angustiante. Seu filho, de apenas quatro dias, foi tratado de forma inadequada após apresentar icterícia. "Na minha desespero, não verifiquei se o equipamento estava funcionando," desabafa. O bebê, que nasceu em um centro de saúde com recursos limitados, não recebeu a atenção pediátrica necessária.

Após a morte, Joselyn enfrentou dificuldades para recuperar o corpo do filho, que foi tratado de forma desrespeitosa. "Eles o levaram como se fosse lixo," relata, referindo-se ao momento em que um funcionário do necrotério coletou o corpo. A situação gerou uma investigação criminal e o Ministro da Saúde, Jimmy Martin, pediu a demissão do gerente do hospital e uma auditoria médica.

Crise no Sistema de Saúde

A tragédia expôs a fragilidade do sistema de saúde equatoriano, que já enfrenta cortes orçamentários significativos. O Colégio de Médicos do Guayas solicitou ao presidente Daniel Noboa que declare estado de emergência na saúde, alertando sobre a falta crítica de suprimentos e medicamentos, especialmente em unidades de terapia intensiva.

Desde que assumiu o cargo, o governo cortou mais de 400 milhões de dólares do orçamento da saúde, agravando a situação. Noboa ainda não se manifestou sobre as mortes, preferindo focar em uma mobilização contra o Tribunal Constitucional marcada para o dia 12 de agosto. Enquanto isso, a comissão de Criança da Assembleia Nacional convocou o ministro para prestar esclarecimentos sobre a tragédia.

Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela