Inteligência artificial identifica novos antibióticos em arqueas, revelando origem da vida
Pesquisadores desenvolvem arqueasinas, novos antimicrobianos com 93% de eficácia, para enfrentar a crescente resistência a antibióticos

César de la Fuente, Marcelo Torres e Fangping Wan, integrantes do laboratório biotecnológico que dirige o cientista espanhol na Universidade da Pensilvânia. (Foto: Jenny Bai)
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Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia descobriram novos agentes antimicrobianos, chamados "arqueasinas", que podem combater a resistência a antibióticos. Utilizando inteligência artificial, a equipe identificou 93% de eficácia em 80 compostos analisados, com destaque para a arqueasina-73, que apresentou resultados promissores em modelos in vivo.
As arqueas, organismos unicelulares que habitam ambientes extremos, têm sido pouco exploradas na busca por novos antibióticos. César de la Fuente, biotecnólogo da universidade, afirma que a pesquisa abre um novo paradigma, pois até agora a busca por antibióticos se concentrou em bactérias e fungos. A resistência a antibióticos é uma preocupação crescente, com 4,95 milhões de mortes associadas a infecções resistentes em 2019, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A pesquisa utilizou um modelo de inteligência artificial chamado ApexOracle, que foi aprimorado para explorar o arqueoma, aumentando a taxa de sucesso na identificação de compostos. De la Fuente destaca que a combinação de algoritmos com testes experimentais rápidos acelera o processo de descoberta de novos antibióticos.
Além das arqueas, outras pesquisas estão em andamento para desenvolver novas fórmulas de administração de medicamentos, como o uso de nanotubos de carbono, que podem aumentar a eficácia dos tratamentos. A resistência a antibióticos é uma questão alarmante, especialmente em contextos de conflito e fragilidade do sistema de saúde, conforme relatado por Médicos Sem Fronteiras.
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