Laser combate hipertensão causada pela menopausa, aponta estudo recente
Estudo da UFSCar investiga fotobiomodulação com laser vermelho como tratamento para hipertensão em mulheres na menopausa

Paciente com hipertensão é atendida em UPA de Dias D'Ávila, na Bahia; em pesquisa, aplicação de laser mostrou potencial no combate à hipertensão provocada pela menopausa (Foto: Rafaela Araújo - 29.set.23/Folhapress)
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Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) revelou que a fotobiomodulação com laser vermelho pode ser uma alternativa eficaz para reduzir a pressão arterial em mulheres na menopausa. O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi realizado com ratas ovariectomizadas, que simularam a condição hormonal das mulheres nessa fase da vida.
Os pesquisadores dividiram 26 ratas em três grupos: controle, ovariectomizadas e ovariectomizadas tratadas com laser. A técnica de fotobiomodulação utiliza luz de diferentes comprimentos de onda para promover efeitos terapêuticos. Os resultados, publicados na revista Lasers in Medical Science, mostraram que a aplicação do laser na região abdominal reduziu a pressão arterial e melhorou a função vascular.
Efeitos da Fotobiomodulação
A retirada dos ovários nas ratas foi uma estratégia para induzir a menopausa, fase em que a produção de estrogênio diminui, aumentando o risco de hipertensão. O professor Gerson Rodrigues, coordenador do projeto, destacou que a fotobiomodulação elevou os níveis de óxido nítrico, um gás que atua como vasodilatador, facilitando o fluxo sanguíneo e contribuindo para a saúde cardiovascular.
Além disso, o estudo é parte de uma linha de pesquisa iniciada em 2013, que investiga a liberação de óxido nítrico por meio da fotobiomodulação. Rodrigues mencionou que a equipe já havia demonstrado anteriormente que a aplicação aguda do laser vermelho em ratos hipertensos induziu um efeito hipotensivo.
Estudos Clínicos em Andamento
Atualmente, a equipe da UFSCar está conduzindo um estudo clínico com mulheres na menopausa para avaliar os efeitos do laser vermelho em sintomas relacionados a doenças cardiovasculares. Os resultados preliminares são promissores e devem ser divulgados em breve. Além disso, os pesquisadores estão explorando o uso de fitoterápicos que podem potencializar os efeitos terapêuticos do laser.
A hipertensão arterial, que afeta uma parte significativa da população, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e demência. A pesquisa da UFSCar abre novas possibilidades para o tratamento dessa condição, especialmente em mulheres que enfrentam as mudanças hormonais da menopausa.
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