CotidianoSaúde

13 de ago 2025

Mulheres vítimas de assédio enfrentam maior risco de doenças cardíacas

Estudo revela que assédio e ordens de restrição aumentam risco de doenças cardíacas em mulheres, exigindo atenção urgente na saúde pública

Mulheres que sofrem assédio têm mais probabilidade de sofrer um infarto ou AVC (Foto: Freepik)

Mulheres que sofrem assédio têm mais probabilidade de sofrer um infarto ou AVC (Foto: Freepik)

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A violência de gênero tem impactos diretos na saúde cardiovascular das mulheres, conforme um novo estudo publicado na revista Circulation. Pesquisadoras da Universidade de British Columbia e Harvard analisaram dados de mais de 66 mil mulheres ao longo de 20 anos, revelando que aquelas que sofreram assédio ou tinham ordens de restrição apresentavam maior risco de doenças cardíacas e AVC.

O estudo, iniciado em 2001, mostrou que 12% das participantes relataram assédio e 6% obtiveram ordens de restrição. Durante o período, cerca de 3% desenvolveram novas condições cardíacas. As mulheres que sofreram assédio tinham 41% mais chances de desenvolver problemas cardiovasculares, enquanto aquelas com ordens de restrição apresentaram um aumento de 70% no risco.

A pesquisadora Rebecca B. Lawn destacou que, embora a violência contra mulheres seja comum, ainda não é amplamente reconhecida como um fator de risco cardiovascular. O assédio, frequentemente minimizado por não envolver contato físico, pode causar estresse crônico, afetando o sistema nervoso e a saúde do coração.

Os dados revelam que, nos Estados Unidos, uma em cada três mulheres já sofreu assédio em algum momento da vida, segundo o CDC. Apesar disso, a maioria dos estudos cardiovasculares não considera o assédio como um fator relevante. Lawn enfatiza a necessidade de mais pesquisas e de uma melhor formação para profissionais de saúde, além de aumentar a conscientização sobre os danos à saúde causados pela violência de gênero.

As limitações do estudo incluem a homogeneidade das participantes, que eram, em sua maioria, enfermeiras brancas não hispânicas, o que pode não refletir a realidade de outras populações.

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