Economia

Gestores de fundos alertam sobre riscos fiscais e cortes de juros em 2025

Especialistas alertam sobre riscos da nova diretoria do Banco Central, liderada por Gabriel Galípolo. Gestores de fundos criticam pacote fiscal insuficiente, aumentando a crise de confiança. Expectativas de medidas populistas crescem, enquanto ajustes fiscais reais diminuem. A dominância fiscal é debatida, com incertezas sobre a estabilização da dívida pública. Cenário externo, especialmente dos EUA, impacta negativamente a economia brasileira.

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A nova diretoria do Banco Central, especialmente sob a liderança de Gabriel Galípolo, enfrenta desafios significativos, segundo Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset, e Solange Srour, diretora de macroeconomia no UBS Global Wealth Management. Durante o evento Onde Investir 2025, os especialistas destacaram a falta de credibilidade e as despesas elevadas como riscos no cenário macroeconômico atual. Genta alertou que a taxa Selic, atualmente em torno de 14% a 15%, pode não ser suficiente para controlar a inflação, prevendo uma Selic em 15,5% com um IPCA de 6%.

Solange enfatizou que a política monetária está em conflito com a política fiscal, especialmente devido à falta de confiança na estabilização da dívida pública. Ela destacou que os gastos obrigatórios, como o Bolsa Família, estão crescendo além do teto permitido, complicando ainda mais a situação fiscal. Genta também mencionou que, apesar dos esforços do Ministério da Fazenda, as medidas para reduzir a despesa obrigatória têm sido secundárias, resultando em um cenário fiscal pessimista para 2025.

Sobre a nova presidência de Galípolo, Solange observou que, embora ele tenha simpatia do mercado, a confiança precisa ser construída ao longo do tempo. As expectativas do mercado, conforme os relatórios Focus, permanecem cautelosas. Genta expressou preocupação de que o Banco Central possa cortar juros prematuramente, enquanto Solange acredita que a desaceleração econômica será gradual, sem a "dor" necessária para mudanças drásticas na política monetária.

Os gestores de fundos multimercados estão em alerta, considerando que o pacote fiscal do governo é insuficiente para resolver os problemas do país. A Genoa Capital e a Legacy Capital afirmaram que o pacote não garante uma trajetória de convergência para a dívida. A Ace Capital observou uma crise de confiança crescente, com a percepção de que o governo já está focado nas eleições de 2026, o que diminui a probabilidade de ajustes fiscais reais. A Absolute Investimentos destacou a depreciação do real e a necessidade de medidas claras para restaurar a confiança na gestão da dívida pública.

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