Economia

Banco Inter aponta risco fiscal como 'principal desafio' para 2025 e 2026

O banco Inter revisou a Selic para 14,75% ao ano, com cenário alternativo de 14,25%. Projeção de déficit fiscal de R$ 80 bilhões e dívida pública de 79% do PIB em 2025. Risco fiscal é destacado, com possíveis impactos de isenções de Imposto de Renda. Expectativa de pausa na alta da Selic a partir de junho, dependendo da economia. Inflação projetada em 5,2% para 2025, com desaceleração econômica prevista de 3,4% para 1,5%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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Em um relatório extraordinário divulgado na sexta-feira, 14, o banco Inter revisou suas previsões para a taxa Selic, agora projetando um aumento para 14,75% ao ano. No entanto, o documento também apresenta um cenário alternativo, onde, caso a economia desacelere mais rapidamente, a taxa poderia ser limitada a 14,25% ao ano, com uma pausa no ciclo de alta a partir de junho. A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, destacou o risco fiscal como uma preocupação central, especialmente para 2025 e 2026, com a dívida pública podendo alcançar 79% do PIB.

O relatório aponta que a dívida pública já está em 76% do PIB, com um custo médio de 11%, e prevê um déficit de R$ 80 bilhões para este ano, o que representa 0,6% do PIB. A aprovação do Orçamento está prevista apenas para março, e a possibilidade de gastos fora do arcabouço fiscal, como a isenção de Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil, pode agravar a situação. O documento também menciona que propostas como o programa "pé de meia", que envolve R$ 6 bilhões, devem ser monitoradas.

Em relação à política monetária, o banco espera que o Copom aumente a taxa em 1 ponto percentual na próxima reunião em março e finalize o ciclo de aperto em maio, com um ajuste de 0,50 p.p.. A previsão é que a inflação medida pelo IPCA atinja 5,2% em 2025, influenciada pela deterioração da inflação de serviços e pela alta do câmbio. A desaceleração econômica deve ser significativa, passando de 3,4% para 1,5% em 2025, com a possibilidade de uma pausa na alta da Selic já em maio, dependendo da evolução da economia.

O relatório também enfatiza que, em um cenário alternativo, a execução do orçamento público, considerando os cortes de gastos, resultaria em um menor impulso fiscal. Isso aumentaria a eficácia da política monetária, que já sofreu um choque de juros com a alta de 3,75 p.p. na Selic, levando a um juro real estimado próximo de 10% nos próximos 12 meses, impactando a oferta de crédito.

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