Economia

Crise cambial e juros altos pressionam setores da B3, segundo Goldman Sachs

A desvalorização do real impactou empresas com alta exposição ao câmbio. Goldman Sachs revisou projeções de lucro para Petrobras e Eletrobras. Ações de utilities caíram 13% em três meses, refletindo vulnerabilidades. Setores de energia e transporte enfrentam custos elevados devido a juros altos. Ajustes nos preços das ações refletem a cautela do mercado com endividamento.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ouvir a notícia

Crise cambial e juros altos pressionam setores da B3, segundo Goldman Sachs - Crise cambial e juros altos pressionam setores da B3, segundo Goldman Sachs

0:000:00

As empresas brasileiras estão enfrentando desafios significativos devido à desvalorização do real, que perdeu 24% de seu valor em relação ao dólar, e ao aumento das taxas de juros, que subiram mais de quatro pontos percentuais. Segundo análise do Goldman Sachs, essas condições econômicas ainda não refletiram nas previsões do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mas já impactam as ações das empresas, especialmente nos setores de utilities, infraestrutura, companhias aéreas e locadoras de veículos. A pressão sobre os custos é evidente, e empresas como Energisa e Equatorial têm limitações em repassar aumentos de tarifas.

No setor aéreo, a Azul precisa aumentar suas tarifas em 3% para compensar uma desvalorização de 10% do real, mas a venda antecipada de passagens pode atrasar esse ajuste. As locadoras, como a Localiza, também enfrentam dificuldades para ajustar preços em meio a taxas de juros elevadas, o que pode prejudicar seu crescimento. O Goldman Sachs observa que a demanda por serviços essenciais, como energia, tende a ser menos afetada pelas variações do PIB, com empresas como a Rumo se beneficiando de uma menor exposição ao custo do diesel.

As ações de utilities caíram 13% nos últimos três meses, enquanto o Ibovespa teve uma queda de 8%, evidenciando a vulnerabilidade de empresas com alta exposição ao câmbio e à inflação. O Goldman Sachs revisou suas projeções, ajustando as estimativas para empresas brasileiras em função das condições atuais. No setor de energia, a Petrobras teve sua previsão de Ebitda reduzida até 2026, com os preços-alvo das ações preferenciais e ordinárias ajustados para R$ 48,30 e R$ 43,90, respectivamente.

No setor de energia elétrica, a Sabesp e a Eletrobras também revisaram suas estimativas de lucro líquido para baixo, com ajustes nas taxas de WACC. A Equatorial e a Energisa tiveram suas previsões de lucro líquido revistas, resultando em ajustes nos preços-alvo de suas ações. No setor de logística, a Localiza manteve suas estimativas de receita, mas o preço-alvo das ações foi reduzido para R$ 46,20. A CCR e a Ecorodovias tiveram suas estimativas de receita e Ebitda revistas, com ajustes nos preços-alvo de suas ações, refletindo as mudanças nas condições econômicas.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela