Investimento direto global cresce 11%, mas Brasil registra queda de 5% em 2024

O fluxo de investimentos estrangeiros diretos (IED) global alcançou US$ 1,4 trilhão em 2024, marcando um crescimento de 11% em relação a 2023, conforme dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). No entanto, ao excluir as chamadas "economias conduítes" da Europa, que atuam como intermediárias para investimentos com benefícios fiscais, houve uma queda de 8% no total.

As economias desenvolvidas apresentaram resultados contrastantes. A América do Norte registrou um aumento de 13% no fluxo de IED, impulsionado por um crescimento de cerca de 10% nos investimentos direcionados aos Estados Unidos, refletindo um aumento nas fusões e aquisições. Em contrapartida, a Europa viu uma queda acentuada de 45% no IED, excluindo as economias conduítes, com 17 dos 27 países da União Europeia reportando declínios, incluindo Alemanha (-60%), Espanha (-13%) e França (-6%).

Na América Latina e no Caribe, o IED caiu 9%, em parte devido à diminuição dos preços de energia. O Brasil também enfrentou uma redução de 5% no valor dos investimentos recebidos, embora tenha observado um aumento no número e nos valores dos projetos greenfield, que são essenciais para o crescimento futuro.

Na Ásia, os países em desenvolvimento experimentaram uma queda de 7% no IED, com a China enfrentando uma diminuição de 29% nos fluxos de entrada, agora 40% abaixo do pico de 2022. Em contraste, a Índia conseguiu atrair mais recursos, registrando um aumento de 13% no IED.